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Coleção destaca marchas de Braguinha
Livro-CD, nas bancas no domingo, traz vida e obra do sambista carioca
Letrista de "Carinhoso" e autor de "Touradas em Madri", João de Barro foi também diretor musical de filmes
DE SÃO PAULO
Impossível falar em marchas de Carnaval, canções juninas, discos infantis e na
Era do Rádio e não falar em
Braguinha.
Autor de canções como
"Seu Libório", "Touradas em
Madri" e "A Saudade Mata a
Gente", além de letrista de
"Carinhoso", foi figura-chave para a música brasileira.
É sobre João de Barro, o
Braguinha, o 13º volume da
Coleção Folha Raízes da Música Popular Brasileira, nas
bancas no próximo domingo.
Nascido Carlos Alberto
Ferreira Braga em março de
1907, Braguinha cresceu na
Vila Isabel e já na época do
ginásio fazia parte do grupo
Flor do Tempo.
Com a presença de Almirante e Noel Rosa, o grupo
mudou de nome para Bando
de Tangarás e Braguinha assumiu o pseudônimo, nome
de pássaro, João de Barro.
Entre 1929 e 1933 o grupo gravou 36 discos e ajudou a revelar os envolvidos.
Na época, compôs marchinhas que foram sucesso, como "Moreninha da Praia",
"Linda Lourinha" e "Uma
Andorinha Não Faz Verão".
Pelos anos 1930, trabalhou
em filmes como "Alô Alô Brasil" e foi diretor musical da
gravadora Columbia. Nos
anos 1950, exerceu esta mesma função na Continental.
Em 1943, Braguinha lançou série de discos com histórias infantis e arranjos de
músicos como Radamés
Gnattali, que foi um sucesso
e se repetiu anos depois com
a famosa Coleção Disquinho.
Continuou compondo, especialmente música carnavalesca, e exercendo atividades vinculadas a editoras
musicais até sua morte, aos
99 anos, no fim de 2006.
O autor do livro sobre Braguinha é o jornalista e musicólogo Zuza Homem de Mello. A edição vem com biografia, discografia, letras e fotos.
O CD acompanhante traz
"Cantores do Rádio", com
Carmen e Aurora Miranda,
"Copacabana", com Dick
Farney, "Carinhoso", com
Maria Bethânia, e "Yes, Nós
Temos Bananas", com Almirante, entre outras.
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