São Paulo, domingo, 30 de maio de 2010

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Coleção destaca marchas de Braguinha

Livro-CD, nas bancas no domingo, traz vida e obra do sambista carioca

Letrista de "Carinhoso" e autor de "Touradas em Madri", João de Barro foi também diretor musical de filmes

DE SÃO PAULO

Impossível falar em marchas de Carnaval, canções juninas, discos infantis e na Era do Rádio e não falar em Braguinha.
Autor de canções como "Seu Libório", "Touradas em Madri" e "A Saudade Mata a Gente", além de letrista de "Carinhoso", foi figura-chave para a música brasileira.
É sobre João de Barro, o Braguinha, o 13º volume da Coleção Folha Raízes da Música Popular Brasileira, nas bancas no próximo domingo.
Nascido Carlos Alberto Ferreira Braga em março de 1907, Braguinha cresceu na Vila Isabel e já na época do ginásio fazia parte do grupo Flor do Tempo.
Com a presença de Almirante e Noel Rosa, o grupo mudou de nome para Bando de Tangarás e Braguinha assumiu o pseudônimo, nome de pássaro, João de Barro. Entre 1929 e 1933 o grupo gravou 36 discos e ajudou a revelar os envolvidos.
Na época, compôs marchinhas que foram sucesso, como "Moreninha da Praia", "Linda Lourinha" e "Uma Andorinha Não Faz Verão".
Pelos anos 1930, trabalhou em filmes como "Alô Alô Brasil" e foi diretor musical da gravadora Columbia. Nos anos 1950, exerceu esta mesma função na Continental.
Em 1943, Braguinha lançou série de discos com histórias infantis e arranjos de músicos como Radamés Gnattali, que foi um sucesso e se repetiu anos depois com a famosa Coleção Disquinho.
Continuou compondo, especialmente música carnavalesca, e exercendo atividades vinculadas a editoras musicais até sua morte, aos 99 anos, no fim de 2006.
O autor do livro sobre Braguinha é o jornalista e musicólogo Zuza Homem de Mello. A edição vem com biografia, discografia, letras e fotos.
O CD acompanhante traz "Cantores do Rádio", com Carmen e Aurora Miranda, "Copacabana", com Dick Farney, "Carinhoso", com Maria Bethânia, e "Yes, Nós Temos Bananas", com Almirante, entre outras.


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