São Paulo, quarta-feira, 30 de junho de 2010

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Queridinho das cantoras, Rodrigo Maranhão lança segundo álbum

Músico carioca evita compor refrões, para não soar explicativo

MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

Um disco de canções inacabadas, que não têm refrão nem têm desfecho. Esse é o mote de "Passageiro", segundo álbum do carioca Rodrigo Maranhão, 39.
Para ele, o método enriquece a canção, já que o ouvinte tem que terminar de compor no ato da escuta. "A composição só piora quando o autor quer "explicar" o que escreveu espontaneamente com um refrão", diz. "Não gosto de explicar nada, porque não gosto de entender tudo. É muito mais fértil a sensação de dúvida."
Maranhão persegue obsessivamente três temas no disco. O mar (ou, como define, "o pensamento que navega"), o universo feminino e a própria música.
A metalinguagem vem já no nome das faixas: "Samba Quadrado", "Valsa Lisérgica", "Samba pra Vadiar", "Um Samba pra Ela".
"Não estou a fim de escrever sobre política", diz. "O que me inquieta é a relação com o tempo, com as pessoas, com o desconhecido."
Essa profusão de sambas não torna "Passageiro" um disco de gênero. "Quando ponho a palavra "samba" no nome das músicas é para me colocar como discípulo, nunca como um sambista."
Compositor requisitado desta geração, teve todas as faixas do CD anterior,"Bordado" (2007), regravadas.
Maria Rita abria "Segundo" (2005) com uma delas, "Caminho das Águas". Fernanda Abreu, Roberta Sá e Verônica Sabino, entre outras, também incluíram Rodrigo em seus álbuns.
"Em canção, você consegue dizer o que quer mesmo sem saber o que quer",diz. "E, o melhor de tudo, as pessoas te entendem."


PASSAGEIRO

ARTISTA Rodrigo Maranhão
GRAVADORA MP,B/Universal
QUANTO R$ 25, em média




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