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AVENTURA
Especial vê década do Brasil no Everest
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O monte Everest, que se ergue
até 8.848 m entre o Nepal e a China, é a Copa do Mundo do alpinismo. Sonho de dez entre dez profissionais, embora não seja nem a
mais difícil nem a mais perigosa.
Ser o topo do mundo já basta.
O programa "Super Ação", que
vai ao ar amanhã, é uma chance
de entender um pouco a paixão e
a obsessão de um dos esportes
mais solitários. O objetivo é o topo de uma montanha que o Brasil
conquistou há dez anos, com
Waldemar Niclevicz e Mozart Catão -morto em 1998, ao tentar o
pico do Aconcágua, no Chile.
O especial, apresentado por Renata Falzoni, faz uma quase mesa-redonda com os brasileiros que
tentaram chegar ao topo neste
ano, em maio -os convidados
foram entrevistados em separado.
Estão lá os vitoriosos deste ano,
como Niclevicz e Vitor Negrete, e
os que deixaram para a próxima,
como Paulo e Mônica Coelho e
Rodrigo Raineri.
E aí a primeira comparação sobre o Everest -a da Copa do
Mundo- cai por terra. Os vitoriosos não desfilam em carro de
bombeiros, não festejam por mais
que 20 minutos a sua conquista
(ficar no cume por mais tempo é
perigoso demais, e voltar se torna
urgente). Sobram a reflexão quase
metafórica de estar no ponto mais
alto possível da Terra e o orgulho
de mostrar uma bandeirinha para
a câmera mais à mão.
O debate é interessante e perpassa os riscos, as opções por
mais ou menos dificuldade, como
o uso de oxigênio portátil em
meio à rarefação assassina de ar.
Para um esporte de pouca expressão no Brasil, este "Especial
Everest" se torna uma boa chance
de dar uma olhada num dos poucos grandes feitos que ainda guardam uma dose de melancolia.
Super Ação: Especial Everest
Quando: amanhã, às 22h30, na ESPN
Brasil
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