São Paulo, sábado, 30 de julho de 2005

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AVENTURA

Especial vê década do Brasil no Everest

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O monte Everest, que se ergue até 8.848 m entre o Nepal e a China, é a Copa do Mundo do alpinismo. Sonho de dez entre dez profissionais, embora não seja nem a mais difícil nem a mais perigosa. Ser o topo do mundo já basta.
O programa "Super Ação", que vai ao ar amanhã, é uma chance de entender um pouco a paixão e a obsessão de um dos esportes mais solitários. O objetivo é o topo de uma montanha que o Brasil conquistou há dez anos, com Waldemar Niclevicz e Mozart Catão -morto em 1998, ao tentar o pico do Aconcágua, no Chile.
O especial, apresentado por Renata Falzoni, faz uma quase mesa-redonda com os brasileiros que tentaram chegar ao topo neste ano, em maio -os convidados foram entrevistados em separado. Estão lá os vitoriosos deste ano, como Niclevicz e Vitor Negrete, e os que deixaram para a próxima, como Paulo e Mônica Coelho e Rodrigo Raineri.
E aí a primeira comparação sobre o Everest -a da Copa do Mundo- cai por terra. Os vitoriosos não desfilam em carro de bombeiros, não festejam por mais que 20 minutos a sua conquista (ficar no cume por mais tempo é perigoso demais, e voltar se torna urgente). Sobram a reflexão quase metafórica de estar no ponto mais alto possível da Terra e o orgulho de mostrar uma bandeirinha para a câmera mais à mão.
O debate é interessante e perpassa os riscos, as opções por mais ou menos dificuldade, como o uso de oxigênio portátil em meio à rarefação assassina de ar.
Para um esporte de pouca expressão no Brasil, este "Especial Everest" se torna uma boa chance de dar uma olhada num dos poucos grandes feitos que ainda guardam uma dose de melancolia.


Super Ação: Especial Everest Quando: amanhã, às 22h30, na ESPN Brasil

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