São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 2008

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Televisão/Crítica

"AI" traz olhar amadurecido de Steven Spielberg

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"AI - Inteligência Artificial" (TC Light, 17h35; não recomendado para menores de 14 anos) é um momento de virada na carreira de Steven Spielberg. Não uma guinada temática, mas sim de um olhar mais lúcido sobre a impossibilidade de se consertar as coisas e o mundo.
Um olhar amadurecido, inclusive aquele que fica atrás da câmera. Não à toa, "Prenda-me se For Capaz", "Minority Report", "Guerra dos Mundos" e "Munique" são seus trabalhos mais bem filmados.
O universo de "AI" (da ficção científica e fantasia) é o mesmo do Spielberg que fazia filmes "para seus filhos verem" -afirmação com a qual ele justificou este longa. Mas é bastante triste a vã busca do menino-robô por sua mãe adotiva. Que fique claro, mãe humana e que o pôs no olho da rua, como um brinquedo defeituoso.
Olhos menos atentos podem crer que a fada madrinha que aparece ao final seja um alento. Não se engane: é a conclusão mais desoladora, cruel e cética do cinema de Spielberg.


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