São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009

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TV pública é comum na Europa

DA REPORTAGEM LOCAL

A TV pública é, conceitualmente, aquela que não está amarrada nem ao governo nem ao mercado. Comum em países europeus, o modelo, no Brasil, desenvolveu-se à margem das TVs comerciais. Enquanto em países como Reino Unido, Alemanha, Itália e França o orçamento dos sistemas públicos fica entre 0,2% e 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto), no Brasil esse índice fica em 0,0025%.
"No Brasil, a TV privada se afirmou como a TV do espetáculo. A TV pública deveria contribuir para a formação crítica do espectador, mas, como chegou atrasada, tem dificuldade de conquistar a audiência", diz Jorge da Cunha Lima. Ele cita, como exemplos de TVs públicas, as inglesas BBC e Chanel 4, a norte-americana PBS, "trucidada por Bush" e o canal franco-alemão Arte.
No Brasil, a estrutura das chamadas TVs educativas é um balaio de gatos jurídico. Há de tudo nesse universo: fundações, autarquias, órgãos ligados a universidades e organizações sociais. É nessa ambiente confuso que a EBC se move.
"A TV pública brasileira é um sistema de capitanias hereditárias ancoradas no poder político de cada Estado", diz Mário Borgneth.
Parte dessa herança pode ser vista, na TV Brasil, nos programas religiosos que, a despeito de proibidos numa rede pública, seguem no ar. "Essa é uma das principais queixas dos espectadores", diz o ouvidor Laurindo Leal Filho. "Uma TV pública deveria ser laica."


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