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TV pública é comum na Europa
DA REPORTAGEM LOCAL
A TV pública é, conceitualmente, aquela que não
está amarrada nem ao governo nem ao mercado.
Comum em países europeus, o modelo, no Brasil,
desenvolveu-se à margem
das TVs comerciais. Enquanto em países como
Reino Unido, Alemanha,
Itália e França o orçamento dos sistemas públicos
fica entre 0,2% e 0,3% do
PIB (Produto Interno
Bruto), no Brasil esse índice fica em 0,0025%.
"No Brasil, a TV privada
se afirmou como a TV do
espetáculo. A TV pública
deveria contribuir para a
formação crítica do espectador, mas, como chegou
atrasada, tem dificuldade
de conquistar a audiência", diz Jorge da Cunha
Lima. Ele cita, como
exemplos de TVs públicas,
as inglesas BBC e Chanel
4, a norte-americana PBS,
"trucidada por Bush" e o
canal franco-alemão Arte.
No Brasil, a estrutura
das chamadas TVs educativas é um balaio de gatos
jurídico. Há de tudo nesse
universo: fundações, autarquias, órgãos ligados a
universidades e organizações sociais. É nessa ambiente confuso que a EBC
se move.
"A TV pública brasileira
é um sistema de capitanias
hereditárias ancoradas no
poder político de cada Estado", diz Mário Borgneth.
Parte dessa herança pode ser vista, na TV Brasil,
nos programas religiosos
que, a despeito de proibidos numa rede pública, seguem no ar. "Essa é uma
das principais queixas dos
espectadores", diz o ouvidor Laurindo Leal Filho.
"Uma TV pública deveria
ser laica."
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