ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local

A Rede Record lança hoje, às 21h45, o "Câmera Record", uma mistura de "Globo Repórter" e "Linha Direta", ambos da Globo. O programa será apresentado na última semana de cada mês.
A reportagem de estréia, narrada por Rodolfo Gamberini, fala de mães que perderam os filhos e resolveram investigar os casos por conta própria. Foi feita pelo idealizador do programa, Domingos Meirelles, antes de se transferir para a Globo.
Embora o diretor de jornalismo da Record, Luiz Gonzaga Mineiro, e a editora-chefe do "Câmera", Neusa Pereira, digam que fogem do sensacionalismo, a atração mistura todos os clichês dos programas atuais do gênero.
Estão lá a trilha sonora de suspense, um suposto tema de cidadania e as reconstituições que mais parecem filmes de ação. "As reconstituições são um assunto delicado. Estamos tendo muito cuidado", explica Mineiro.
Os criadores de "Câmera" dizem que ela mostrará todos os lados da questão, esgotando os temas explorados. Mas, ao menos neste primeiro programa, ainda há falhas. Os personagens falam de um crime, mas não se faz uma remissão detalhada do que realmente aconteceu, e nenhum criminoso é entrevistado.
O telespectador vê apenas as versões de alguns policiais e das mães das vítimas. "Entrevistas com detentos são muito difíceis, mas tentaremos tê-las nos próximos programas", diz Neusa.
A direção musical do "Câmera Record" é do maestro Hareton Salvanini, que criou mais de 5.000 trilhas sonoras de comerciais e programas como o "Esporte Espetacular", além do "Cidade Alerta" e "Jornal da Record".


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