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RUÍDO
Numeração é quase inviável, diz Casa Civil
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Duas reuniões depois da abertura do grupo de trabalho sobre a numeração de CDs e livros, a primeira conclusão é de que a numeração exemplar por exemplar é "praticamente inviável" e colocaria os preços acima da realidade de mercado do Brasil.
Segundo a Casa Civil da Presidência da República, que coordena o grupo, ontem seria encaminhada (por sugestão da própria Casa Civil) uma proposta
do setor de discos, de que o controle seja feito por meio de um
site (mantido pelo governo, a
princípio) que estreitaria a relação entre gravadoras e artistas.
A numeração por lote mantém-se em pauta, embora numerar seja considerado, pela
Casa Civil, "possibilidade de difícil aceitação, no momento".
Um dos músicos representantes na comissão, Frejat diz que
não pôde participar da última reunião por razões profissionais. O outro, Ivan Lins, não respondeu ao pedido da Folha de comentar sua participação. E, na
prática, chega-se mais perto do veto total da idéia e do projeto
pró-numeração.
O NÃO-LANÇAMENTO
Parceira de palco de Edu Lobo e Tom Zé nos clássicos festivais dos anos 60, a sumidíssima Marilia Medalha gravou pela Philips (atual Universal) momentos que
seriam inesquecíveis, se não houvessem sido esquecidos. "Marilia Medalha" (68) estampa versões cantadas com louvor, rigor e doçura de "Camisa Listada", "O Bem
do Mar", "Frevo Rasgado" e "Coração Vagabundo".
PARCEIROS
Pela primeira vez, o
presidente da Abril Music,
Marcos Maynard, admite que
pode haver um fundo de
verdade em insistentes boatos
sobre a venda da gravadora
nacional a uma major (a
Warner, de acordo com os
rumores mais recentes). Em
seu discurso, entretanto, diz
que está em busca de quem
aceite a Abril como parceira,
não como objeto de compra.
"Precisamos de um catálogo
internacional, que todas as
gravadoras grandes têm e nós,
não", afirma.
INDIES DE LUXO
Os Racionais estréiam turnê
do novo disco em 26 de
outubro, com show de gala no
ginásio do Ibirapuera. O
espetáculo se transformará no
primeiro DVD dos rappers,
que a gravadora independente
Zambia pretende lançar ainda
em 2002. O CD recém-lançado
se mantém no patamar de 200
mil cópias vendidas. "Sabemos
que uma margem de 40% fica
para os piratas, não tem jeito",
diz o diretor artístico William
Santiago. Mas o grupo tem a
festejar a vitória da estratégia
de recomendar nominalmente
a venda do CD duplo a R$
23,90, na capa. As lojas vêm
obedecendo rigorosamente a
recomendação dos Racionais.
"Eles tiveram que abdicar de
faturar um pouco mais, mas a
margem de lucro é boa",
afirma Santiago.
psanches@folhasp.com.br
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