São Paulo, quinta-feira, 30 de agosto de 2007

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Revista espanhola "Rojo" abre galeria no bairro de Pinheiros

Para fundador da publicação, São Paulo é candidata a centro criativo global

SILAS MARTÍ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sem publicar uma palavra sequer, a revista espanhola "Rojo" virou referência mundial. Cada edição dedica suas 160 páginas a mostrar o trabalho de 650 artistas -que agora estarão numa galeria que a revista inaugura em São Paulo.
O espaço de 80 m2 vai ocupar parte da livraria Pop, na rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, em Pinheiros, e abre em setembro com uma exposição da artista japonesa Aya Kato. A curadoria é dela mesma.
"Os curadores estão todos mortos. Matamos todos eles", brinca o espanhol David Quiles, fundador da revista, em entrevista exclusiva à Folha.
Ele diz que a revista e a galeria funcionam de forma anárquica, abastecidas por uma comunidade alternativa de artistas, que dispensa a interferência de curadores e críticos.
"O artista se aproxima da gente e passa a publicar. São pequenas estruturas adaptadas à sociedade de cada lugar", explica Quiles, que se mudou para a capital paulista também para coordenar os próximos números da revista. "Eu acho que o próximo centro criativo do mundo vai ser São Paulo."
A nova galeria em Pinheiros -que terá exposições mensais- deve se abastecer da arte de rua e de trabalhos estrangeiros publicados na "Rojo".
O espaço paulistano é o segundo aberto pela revista, que inaugurou em maio uma galeria em Barcelona. E a idéia é descentralizar, promovendo intercâmbios de artistas pelo mundo e a abertura de galerias em Bucareste, Nova York, Los Angeles, Paris e Milão.
Sentado à mesa de um bar na esquina da rua onde ficará a galeria, Quiles adianta o perfil bem-vindo na festa de inauguração: "Vamos fechar a rua e deixar entrar só quem tem cabelo e sapato estranho".


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