São Paulo, domingo, 30 de agosto de 2009

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Comentário

Comédias na BBC lançaram o ator inglês

MARCELO REZENDE
ESPECIAL PARA A FOLHA

De início os números, mostrando a dimensão do espaço que o ator Hugh Laurie ocupa na indústria da diversão e em nossas vidas: cada episódio da série "House" na temporada passada foi visto por 81,8 milhões de pessoas em 66 países.
Essa é a cifra modesta. Segundo dados da TV Worldwide, há 1,6 bilhão de espectadores considerados fãs de "House".
Não perdem um episódio e dizem "I Love Hugh" do mesmo modo que a primeira geração educada com a televisão dizia "I Love Lucy" nos anos 50 -diante do seriado que marcou o início da era das séries televisivas.
"House" está em toda parte. Seu merchandising (tudo o que se puder imaginar) faz de Hugh Laurie um rosto constante na paisagem. Hugh é o dr. House, e dr. House é Hugh, assim como Lucille Ball sempre foi Lucy.
House é cínico, desumano, sádico e com leve tendência a amoralidade. Mas isso não faz dele menos atraente, brilhante e sexy. Assim é House.
E quanto a Hugh Laurie?
Bom, basicamente, Hugh Laurie é inglês. Para ele tem sido mais do que o suficiente.
Antes de ser mundialmente famoso com "House", Hugh Laurie era nacionalmente conhecido pelos esquetes cômicos na BBC. Depois, quis Hollywood, que aparentemente preferiu dizer não a ele. Terminou aparecendo em "O Pequeno Stuart Little" (1 e 2!), e pouco mais aconteceu. Isso até o projeto "House". Uma série para a TV sobre um médico incapaz de "ter sentimentos".
Para a produção era necessário um ator hábil em inspirar simpatia com um personagem para o qual a antipatia é o perfume da vida.
Um inglês, os produtores imaginaram. O público americano confia neles. Hugh Laurie foi escolhido. Possuía carisma e a capacidade de criar instantes de comédia no auge de qualquer drama hospitalar. Fino humor britânico.


MARCELO REZENDE é autor do romance "Arno Schmidt" e do ensaio "Ciência do Sonho - A Imaginação sem Fim do Diretor Michel Gondry"


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