São Paulo, domingo, 30 de agosto de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

British Museum é tema de edição da Coleção Folha

Volume sobre instituição sai no próximo domingo

DA REPORTAGEM LOCAL

Gregos, egípcios, romanos, sumérios, celtas, astecas, indianos: as mais díspares civilizações dos quatro cantos do planetas estão ricamente representadas, em Londres, no British Museum, tema do volume 5 da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que chega às bancas no domingo que vem, dia 6 de setembro.
Criado no século 18, dentro do mais típico espírito do Iluminismo, o Museu Britânico está longe de ser uma instituição estagnada. Seu esforço constante de ampliação dos edifícios e incremento das coleções vem se refletindo em crescimento contínuo e exponencial de público.
Tal crescimento chegou a tal ponto que se tornou necessária a transferência de sua gigantesca biblioteca, a British Library, para que o edifício inteiro pudesse se destinar ao museu, cujo ponto central se tornou, desde o ano 2000, a imensa cúpula projetada pelo arquiteto Norman Foster, aberta como um guarda-chuva transparente sobre o instável céu de Londres.
Sua origem está ligada ao testamento de sir Hans Sloane (1660-1753), médico pessoal do rei George 2º -sucessor do cientista Isaac Newton no posto de presidente da Royal Society- e também um colecionador arrojado e voraz.
Sloane deixou um acervo eclético, composto por cerca de 71 mil itens, dentre os quais "antiguidades e objetos relativos aos costumes dos tempos passados, livros, desenhos, manuscritos, gravuras, medalhas e moedas antigas, selos, pedras preciosas, instrumentos matemáticos".
O acervo foi oferecido ao rei para a nação britânica em troca de um depósito de 20 mil libras esterlinas para as filhas de Sloane. O Parlamento recolheu o valor por meio de uma loteria pública, e o British Museum abriu as portas há 250 anos, em 17 de janeiro de 1759.
Desde então, o apoio constante do museu às missões arqueológicas propiciou novos achados de grande relevância, ao lado de extraordinárias aquisições, como a dos mármores do Partenon. As magníficas coleções assírias foram cruciais para a decifração da escrita cuneiforme, assim como a aquisição da "Pedra de Rosetta" permitiu revelar o mistério dos hieróglifos egípcios.

Peças únicas
Evidentemente, seria impossível esgotar toda essa riqueza em um livro só. Mas o volume 5 da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo faz um recorte bastante representativo do acervo do British Museum, colocando em relevo sua variedade e representatividade.
Destaca-se, por exemplo, o estupendo "Ícone de São Jorge", exemplar de arte bizantina datado do século 14, que foi descoberto em 1959 no pequeno vilarejo russo de Pskov, onde era utilizado como folha da janela de um celeiro.
Eram tempos de Guerra Fria: a pintura deixou a URSS em 1973, quando as autoridades comunistas permitiram a um dissidente que deixasse o país.
A mulher dele, que tinha originalmente encontrado a pintura, teve a permissão de levar todos seus pertences para Londres, onde a obra foi adquirida.
Dois grandes artistas do Ocidente se destacam no esplêndido conjunto da instituição.
Do alemão Albrecht Dürer (1471-1528), é mostrada a xilogravura "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", de 1498, em que o dramático e violento grafismo nórdico é inserido em uma ordem de grande clareza formal de matriz italiana.
E de Michelangelo (1475-1564) foi reproduzida a "Epifania", desenho de dois metros de altura que mostra a Virgem Maria com Jesus a seus pés.


Texto Anterior: Silvio Santos não vem aí
Próximo Texto: Autor quer fazer novela das oito "ao vivo"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.