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British Museum é tema de edição da Coleção Folha
Volume sobre instituição sai no próximo domingo
DA REPORTAGEM LOCAL
Gregos, egípcios, romanos,
sumérios, celtas, astecas, indianos: as mais díspares civilizações dos quatro cantos do planetas estão ricamente representadas, em Londres, no British Museum, tema do volume
5 da Coleção Folha Grandes
Museus do Mundo, que chega
às bancas no domingo que vem,
dia 6 de setembro.
Criado no século 18, dentro
do mais típico espírito do Iluminismo, o Museu Britânico
está longe de ser uma instituição estagnada. Seu esforço
constante de ampliação dos
edifícios e incremento das coleções vem se refletindo em crescimento contínuo e exponencial de público.
Tal crescimento chegou a tal
ponto que se tornou necessária
a transferência de sua gigantesca biblioteca, a British Library,
para que o edifício inteiro pudesse se destinar ao museu, cujo ponto central se tornou, desde o ano 2000, a imensa cúpula
projetada pelo arquiteto Norman Foster, aberta como um
guarda-chuva transparente sobre o instável céu de Londres.
Sua origem está ligada ao testamento de sir Hans Sloane
(1660-1753), médico pessoal do
rei George 2º -sucessor do
cientista Isaac Newton no posto de presidente da Royal Society- e também um colecionador arrojado e voraz.
Sloane deixou um acervo
eclético, composto por cerca de
71 mil itens, dentre os quais
"antiguidades e objetos relativos aos costumes dos tempos
passados, livros, desenhos, manuscritos, gravuras, medalhas e
moedas antigas, selos, pedras
preciosas, instrumentos matemáticos".
O acervo foi oferecido ao rei
para a nação britânica em troca
de um depósito de 20 mil libras
esterlinas para as filhas de Sloane. O Parlamento recolheu o
valor por meio de uma loteria
pública, e o British Museum
abriu as portas há 250 anos, em
17 de janeiro de 1759.
Desde então, o apoio constante do museu às missões arqueológicas propiciou novos
achados de grande relevância,
ao lado de extraordinárias
aquisições, como a dos mármores do Partenon. As magníficas
coleções assírias foram cruciais
para a decifração da escrita cuneiforme, assim como a aquisição da "Pedra de Rosetta" permitiu revelar o mistério dos
hieróglifos egípcios.
Peças únicas
Evidentemente, seria impossível esgotar toda essa riqueza
em um livro só. Mas o volume 5
da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo faz um recorte
bastante representativo do
acervo do British Museum, colocando em relevo sua variedade e representatividade.
Destaca-se, por exemplo, o
estupendo "Ícone de São Jorge", exemplar de arte bizantina
datado do século 14, que foi
descoberto em 1959 no pequeno vilarejo russo de Pskov, onde era utilizado como folha da
janela de um celeiro.
Eram tempos de Guerra Fria:
a pintura deixou a URSS em
1973, quando as autoridades
comunistas permitiram a um
dissidente que deixasse o país.
A mulher dele, que tinha originalmente encontrado a pintura, teve a permissão de levar
todos seus pertences para Londres, onde a obra foi adquirida.
Dois grandes artistas do Ocidente se destacam no esplêndido conjunto da instituição.
Do alemão Albrecht Dürer
(1471-1528), é mostrada a xilogravura "Os Quatro Cavaleiros
do Apocalipse", de 1498, em
que o dramático e violento grafismo nórdico é inserido em
uma ordem de grande clareza
formal de matriz italiana.
E de Michelangelo (1475-1564) foi reproduzida a "Epifania", desenho de dois metros de
altura que mostra a Virgem
Maria com Jesus a seus pés.
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