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Evento discute destaque dado à América Latina
DO ENVIADO A PORTO ALEGRE
Consolidada como evento
em Porto Alegre e com um
orçamento generoso de R$
10 milhões, a Bienal do Mercosul questiona sua vocação:
manter-se vinculada à idéia
original, uma mostra constituída a partir de um bloco
geopolítico, ou transformar-se em evento internacional.
Para o curador da atual
edição, Paulo Sergio Duarte,
a mostra deve ser alterada:
"Todas as bienais têm no nome seu local-sede. Aqui deveria ser o mesmo, Bienal de
Porto Alegre, com uma marca mais latino-americana. É
uma posição pessoal".
Desde a edição passada, a
cargo de Nelson Aguilar, a
Bienal do Mercosul já apresenta artistas estrangeiros à
região, como ocorreu na seção denominada "Transversal". Na edição que é inaugurada hoje, Duarte apresenta
também uma seção denominada "Fronteiras da Linguagem" com quatro artistas: os
europeus Marina Abramovic, Ilya Kabakov e Pierre
Coulibeuf, além do norte-americano Stephen Vitiello.
Além do mais, a Bienal do
Mercosul assume praticamente sozinha os custos de
trazer os artistas, o que levou
Duarte a inflar a mostra de
brasileiros -são 80 artistas
nacionais contra 85 latino-americanos, uma certa desproporção geopolítica, já
que se trata de uma mostra
denominada do Mercosul.
"A escolha reflete a cena
brasileira no cenário internacional", defende Duarte.
Para o vice-presidente da
Fundação Bienal do Mercosul, Justo Werlang, "cabe ao
conselho da instituição a decisão sobre o futuro, mas,
desde a primeira edição, incluímos nomes fora do Mercosul. Há aqui uma aspiração latino-americana".
(FC)
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