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Band lança amanhã seu "Flashdance"
"Dance Dance Dance", primeira novela musical do país, marca estréia de ex-paquita como protagonista
ANA LAURA NAHAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As inspirações declaradas de
"Dance Dance Dance", novela
que a Band coloca no ar amanhã, às 20h15, são os musicais
"Grease" (1978), "All that Jazz"
(1979), "Fama" (1980), "Flashdance" (1983) e "Dirty Dancing" (1987). À moda de John
Travolta, Olivia Newton-John
e companhia, a ex-paquita Juliana Baroni estrela aquela que
é anunciada pela emissora como a primeira "novela musical"
realizada pela TV brasileira.
"Dance Dance Dance", o slogan adianta, é uma novela com
cara de filme. Folhetim feito
com tecnologia de alta definição (assim como "Duas Caras",
que também estréia amanhã), a
atração investe pesado em imagens que a aproximam do cinema e da publicidade.
Apesar disso, não dispensa os
elementos tradicionais do gênero, como o amor cheio de
percalços, a disputa de poder,
as traições vindas de todos os
lados e os conflitos familiares:
Sofia Ivanitch ama Rafael Marques Pimentel, mas seu pai (o
vilão), sua noiva (a menina fútil) e sua sogra (a sócia do vilão)
tentarão afastá-los, enquanto
ela batalha para ser bailarina.
"Teremos de uma a cinco cenas de dança por capítulo",
adianta Elisabetta Zenatti, diretora-geral de programação e
diretora artística da Band.
De musical, no entanto, o primeiro capítulo tem uma única
cena, em que Baroni e o ator
gaúcho Ricardo Martins ("Chocolate com Pimenta") dançam
um tango e adiantam as idas e
vindas afetivas que viverão nos
159 capítulos seguintes.
Cinderela
O diretor da novela, Del Rangel, promete que a coisa muda
de figura a partir do quarto episódio."Primeiro apresentaremos a trama. Depois, teremos
todos os aspectos de um musical e uma típica heroína que sai
do interior para realizar o sonho de ser bailarina", define.
A menina em questão tem 29
anos de idade, 18 de carreira e,
agora, seu primeiro papel principal. "Estou realizando dois
grandes sonhos, o de fazer um
musical e o de protagonizar um
projeto", conta Baroni, que estudou balé e jazz e fez uma
"imersão" em musicais para viver a personagem.
"Vi tudo: de "Moulin Rouge"
aos filmes de Fred Astaire e
Ginger Rogers", enumera.
Algum eco de "High School
Musical", série produzida para
a TV pelos estúdios Disney e alçada a hit infanto-juvenil e
franquia milionária?
Zenatti garante que não. "Me
inspirei muito mais em "Fama",
defende a diretora, que idealizou o projeto ao lado da colombiana Juana Uribe, criadora de
"Betty, a Feia".
A idéia, ela diz, é subverter o
que se tem visto na teledramaturgia atual. "Nossas novelas
não podem ser papai e mamãe",
diz Zenatti, a respeito da falta
de tradição da emissora no gênero e da concorrente-mor, a
Globo, cuja nova novela "Duas
Caras" vai ao ar 45 minutos depois de "Dance Dance Dance".
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