São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011

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Biógrafo vira 'portador' de cartas à autora

DE SÃO PAULO

Autor da biografia "Clarice," (ed. Cosac Naify), o americano Benjamin Moser teve uma surpresa quando publicou o livro no Brasil, em 2009. "Passei a receber de uma a duas cartas por semana, endereçadas a Clarice Lispector", contou por telefone, da Holanda, onde vive.
"As cartas eram bonitas", lembra. "Mas, em geral, as pessoas 'me usavam' como meio de comunicação com ela. Era muito engraçado."
Guardou, assim, dezenas de cartas -quase todas femininas- escritas no estilo clariciano, carregadas de sentimentalismo e de palavras como "mistério", "silêncio" e "infinito". Em respeito, Moser prefere não mostrá-las.
De seis meses para cá, a entrega escasseou. "É que já faz dois anos que lancei o livro", justifica.
Ele diz não se surpreender com a quantidade de frases de Clarice que encontra na internet: "Ela é muito citável. Mas não sabia que o Caio Fernando Abreu tinha tamanho fanatismo". (RK)



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