|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FILMES E TV PAGA
TV ABERTA
Melhor "Batman" é sombrio pesadelo político
Um Trapalhão na Cadeia
SBT, 14h15.
(Ernest Goes to Jail). EUA, 90, 81 min.
Direção: John Cherry. Com Jim Varney,
Gailard Sartain. Faxineiro de um banco
tem o azar de ser idêntico a um
criminoso. Mais sorte tem este, que
consegue trocar de lugar com o infeliz
rapaz, que é procurado pela polícia.
Batman - O Retorno
Globo, 16h15.
(Batman Returns). EUA, 92, 126 min.
Direção: Tim Burton. Com Michael
Keaton, Michelle Pfeiffer. De longe, o
melhor Batman da série. O herói
(Keaton) enfrenta o Pinguim (DeVito) e
mantém tensas relações com a Mulher
Gato (Pfeiffer). Um sombrio pesadelo
político, não sem relação com a América,
segundo Tim Burton.
A Premonição
Globo, 22h55.
(In Dreams). EUA, 98. Direção: Neil
Jordan. Com Annette Benning, Stephen
Rhea. Mulher julga ter sintonia, via
sonhos, com serial killer. Fazer o resto do
mundo acreditar nisso não é fácil. Ela
termina internada num hospício.
Inédito.
Mickey Olhos Azuis
SBT, 23h45.
(Mickey Blue Eyes). EUA, 99, 102 min.
Direção: Kelly Makin. Com Hugh Grant,
James Caan. Grant, que até "Um Grande
Garoto" (2002), era mais conhecido pelos
papéis um tanto abobalhados, é aqui um
leiloeiro de obras de arte. Quando decide
pedir sua namorada em casamento,
entra em contato com o sogro mafioso.
Mais morno, impossível.
Perigo na Madrugada
Bandeirantes, 1h30.
(Midnight Tease II). EUA, 95, 90 min.
Direção: Richard Styles. Com Kimberly
Kelley, Jack Turturici. Mulher decide
investigar o assassinato da irmã, que era
stripper de boate. Não é preciso muita
criatividade para adivinhar que ela irá
adotar a mesma profissão para encontrar
o criminoso. E é preciso ainda menos
criatividade para saber que ela acabará
gostando da profissão. A velha (e mal
usada) equação sexo + violência.
Diana e a Família Real
SBT, 1h40.
(Diana and the Royal Family). Inglaterra,
94. Direção: Alan Scales. Documentário
sobre o relacionamento da princesa
Diana com o príncipe Charles.
A Última Prostituta
Globo, 2h45.
(The Last Prostitute). EUA, 91, 93 min.
Direção: Lou Antonio. Com Sônia Braga,
Wil Wheaton. Dois adolescentes viajam
até a fazenda onde mora famosa
prostituta. O objetivo é perder a
virgindade nas mãos da imbatível
mulher. Problema: ela largou a profissão.
(IA e BYS)
TV PAGA
"Lavanderia" de Frears lava a alma do Império
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Temos o hábito, no Brasil, de
reclamar da concorrência do
filme americano e das dificuldades de produção. E nossos amigos
britânicos, então?
Eles têm de competir com filmes da mesma língua, só ganhando por compensação uma ou outra indicação ao Oscar. Pior: basta
que um de seus diretores se destaque, pronto: ele é chamado a
Hollywood. Aconteceu assim
com inúmeros realizadores, de
Hitchcock a Neil Jordan. Stephen
Frears, de "Minha Adorável Lavanderia" (hoje, Telecine Emotion, 21h45) não é exceção.
Voltaremos ao filme, que foi um
dos grandes destaques do cinema
inglês nos anos 80, durante uma
breve primavera de financiamento razoavelmente farto, antes que
Margareth Thatcher cortasse as
asinhas do novo cinema britânico
(aliás, topando com um realizador de filmes inglês, convém não
mencionar o nome Thatcher, a
reação pode ser violenta).
O que os americanos deram aos
ingleses, em troca, não foi muito.
Joseph Losey exilou-se por lá, por
conta da caça às bruxas. Em matéria de cineasta de primeiro time é,
salvo esquecimento, o único que
lá fincou raízes.
"Minha Adorável Lavanderia" é
mais digno de ser descrito por
flashes do que pela intriga, que
envolve desde a vida de imigrantes em Londres até um romance
homossexual. O essencial, porém,
está na descrição de uma habitação modesta, no ruído do trem
que passa ali perto, nas atividades
da própria lavanderia, no escandaloso beijo de língua trocado por
dois rapazes. Frears busca o escândalo, no entanto. É como se ele
chegasse por si próprio ao filme e
ali se instalasse.
É a descrição de um modo de vida, dos hábitos de cada um que
parecem orientar seu trabalho. É
o avesso do "cinema de arte",
num filme em que a fluência, a segurança, a verdade das situações
dão o tom.
Texto Anterior: Astrologia - Barbara Abramo Próximo Texto: José Simão: Buemba! FHC lança a inflação caipirinha! Índice
|