São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2009

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Demissão de Neschling não foi feita por carta, diz FHC

DA REPORTAGEM LOCAL

Fernando Henrique Cardoso, presidente do Conselho da Fundação Osesp, afirmou ontem que a demissão de John Neschling do cargo de regente principal da orquestra não havia sido feita por carta, tampouco por e-mail. FHC contou que mandou um e-mail para Neschling, que estava na Suíça, dizendo que o embaixador Rubens Barbosa, membro do conselho, iria comunicar a decisão "de viva voz": "Isso foi feito. E, depois que o Rubens conversou com ele, eu enviei uma carta para que ele soubesse os termos", afirmou o presidente.
Procurado pela reportagem da Folha, Neschling afirmou, através de sua assessoria, que realmente teve uma conversa com o embaixador, por telefone, mas "não conclusiva". Então pediu esclarecimentos a FHC, que enviou a carta por e-mail. O maestro está na Grécia e volta ao Brasil dia 8/2.
Neschling protagonizou diversos atritos com o governador José Serra e músicos da Osesp. Em junho de 2008, ele encaminhou ao conselho uma carta em que informava não ter mais interesse de continuar regendo a Osesp partir de outubro de 2010. Segundo FHC, ele propôs continuar colaborando, regendo seis vezes em 2011, e cinco vezes ao ano, até 2014.
"Respondemos entusiasticamente que sim. Mais adiante, já havíamos começado a pensar na sucessão, e Neschling disse cabalmente que ou ficaria até 2012 ou não participaria do processo de busca de outro maestro. Tentamos não agravar a situação, mas a relação foi se tornando até publicamente difícil", disse FHC. "Seria difícil um processo de sucessão com o maestro dizendo de público que não daria certo."


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