especial para a Folha

Um evento tem brilho próprio dentro do Boa Mesa 2000: é o leilão de vinhos raros, que acontece na sexta (dia 5 de maio) e no sábado (dia 6) e alavanca ainda mais a presença da bebida entre as atividades da feira.
Para os organizadores, Ennio Federico, José Pinto e José Ruy Sampaio, o primeiro leilão desse porte que acontece no Brasil terá a magnitude dos grandes leilões de vinho que acontecem em Londres ou Nova York, comandados por casas como Sotheby's e Christie's.
A comparação pode valer, pelo menos no que se refere ao padrão dos vinhos a serem leiloados.
Enquanto não termina a análise (para assegurar as boas condições das garrafas) e a catalogação das cerca de mil garrafas de vinho, que estão sendo feitas pelos experts Federico e Sampaio, já é possível identificar muitas preciosidades.
Entre elas, relíquias como garrafas de Porto do século passado e vinhos mais recentes que, pela qualidade das safras, já tiveram suas vendas esgotadas e hoje só se encontram em grandes leilões internacionais.
É o caso dos "grands crus classés" de Bordeaux (França) do ano 1982. O leilão brasileiro oferecerá todos eles -a saber: os Châteaux Mouton-Rothschild, Lafite-Rothschild, Margaux, Latour e Pétrus.
Outros "ícones" da vinicultura mundial estarão também disponíveis para ser leiloados: são dezenas de garrafas de vinhos famosos como o francês Romanée-Conti, o espanhol Vega-Sicilia, o português Barca Velha, o italiano Brunello di Montalcino (de vários produtores) e o australiano Grange.

Safras
Entre as preciosidades que estarão sendo leiloadas, há um vinho do Porto de 1815, da safra Waterloo, da época mesmo de Napoleão Bonaparte. A expectativa é de que um vinho como esse alcance o lance de US$ 3.000.
Entre os Pétrus, o valor que se espera alcançar é de, no mínimo, US$ 1.500, preço da safra de 1988, ainda encontrada no mercado.
(CC)


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