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Chef francês é grande atração
especial para a Folha
Quando o pâtissier François Payard veio ao Rio de Janeiro para
um festival de chefs nova-iorquinos no hotel Copacabana Palace,
há quatro anos, seu brilho foi um
pouco ofuscado pela presença do
chef número um dos norte-americanos, o francês Daniel Boulud
-que acaba de partir da cidade,
onde aterrissou para uma homenagem ao chef e compatriota Laurent Suaudeau, e só volta em junho, durante a Fispal.
Agora, em companhia do chef-executivo Philippe Bertineau, de
seu restaurante em Nova York, o
badalado Payard Pâtisserie & Bistrô (do qual Boulud é co-proprietário), o francês, de apenas 35
anos, vai mostrar em São Paulo
porque foi eleito, entre outros títulos, como o "pâtissier do ano"
pela revista "Bon Appétit".
Além do Boa Mesa, onde vai
preparar aulas baseadas nas receitas de seu livro "Simply Sensational Desserts", Payard prepara
uma aula na faculdade Anhembi-Morumbi e dois jantares (com
cinco pratos) no restaurante Cantaloup.
Pratos como foie gras com pão
de brioche e cebolas caramelizadas e escalopes em massa folhada
com fondue de alho-poró estão
entre as ofertas, ladeadas pelo seu
famoso suflê de chocolate quente.
"A confeitaria deve ser elegante,
com sabor e simplicidade", define
o chef.
Da terceira geração de confeiteiros, seu aprendizado passou da
tradição familiar para o gosto particular dos norte-americanos.
"Da formação clássica, passei a
conhecer o sabor e a estrutura da
confeitaria em Paris e, depois, tive
de adaptar-me ao mercado americano, ou seja, fazer o que eles
gostavam de comer", conta Payard em entrevista exclusiva à Folha, de Nova York.
Quando lá chegou em 1990,
substituiu em sua cozinha (primeiro no restaurante Le Bernardin e, depois, no Daniel) a tradição das grandes porções e do apego à quantidade pelas pequenas
dimensões e produtos de qualidade.
"Trouxemos a farinha francesa,
o pistache italiano, que atualmente são fáceis de se encontrar por
aqui", conta.
(CC)
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