São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ARTES

Em cerimônia realizada anteontem, em São Paulo, associação premiou artistas e projetos já consagrados por público e crítica

APCA faz escolhas tradicionais para melhores de 2004

ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mundo da arte paulista teve, na última terça-feira, sua tentativa de noite de tapete vermelho no Teatro Municipal com a premiação dos melhores de 2004, segundo a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Ao todo, foram 55 categorias em nove áreas diferentes: artes visuais, cinema, dança, literatura, música erudita, música popular, rádio, teatro (adulto e infantil) e televisão.
Sem muita ousadia, a premiação aconteceu, na maioria, dentro de um grupo de artistas e projetos já consagrados pelo público e por outros prêmios. Foi o caso da premiação de teatro, semelhante ao Prêmio Shell de Teatro paulista. Marília Pêra, que havia recebido o Shell de melhor atriz por "Mademoiselle Chanel", também levou o APCA de 2004. Ainda na mesma área, a também premiada "Agreste", dividiu o prêmio de melhor espetáculo com "Ensaio.Hamlet" e com "O que Diz Molero", e levou o de melhor autor para Newton Moreno. O prêmio especial da crítica foi para o projeto "Arena Conta Arena 50 Anos", da Cia. Livre, vencedora de categoria semelhante do Shell.
No cinema, documentários de diretores consagrados foram as estrelas. "Entreatos", de João Moreira Salles, e "Peões", de Eduardo Coutinho, dividiram o prêmio de melhor filme. O ator Daniel de Oliveira foi o vencedor da categoria de melhor ator ("Cazuza").
Na TV, Tony Ramos recebeu um prêmio pelo coronel vivido em "Cabocla". A vilã incansável Nazaré deu a Renata Sorrah o prêmio de melhor atriz. "Celebridade", de Gilberto Braga, foi considerada a melhor novela. De sete categorias, apenas duas não foram para a Globo: o prêmio de melhor adaptação para televisão foi para "Contos da Meia-Noite", da TV Cultura, e o de animação, para o desenho "Mega Liga de VJs Paladinos", da MTV.
Na música popular ficou marcada a maior tentativa de inovação, com a premiação do grupo pernambucano Mombojó, por seu disco "Nadadenovo". Seu Jorge foi eleito o melhor cantor por "MTV Apresenta", e Teresa Cristina, a melhor cantora por "A Vida me Fez Assim". A categoria de música erudita não foi contemplada neste ano por falta de quórum de crítica.
Na literatura, "O Enigma de Qaf", de Alberto Mussa, levou o prêmio de melhor romance, e "Poesias Rupestres", de Manoel de Barros, o de poesia. Arnaldo Jabor foi premiado por "Amor É Prosa, Sexo É Poesia - Crônicas Afetivas" (crônica/conta), e Flávio Tavares por "O Dia em que Getúlio Matou Allende" (não-ficção). A lista completa dos premiados está no site www.apca.org.br.


Texto Anterior: Mônica Bergamo
Próximo Texto: Televisão: "A diferença venceu o preconceito", diz Jean
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.