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ARTES
Em cerimônia realizada anteontem, em São Paulo, associação premiou artistas e projetos já consagrados por público e crítica
APCA faz escolhas tradicionais para melhores de 2004
ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mundo da arte paulista teve,
na última terça-feira, sua tentativa
de noite de tapete vermelho no
Teatro Municipal com a premiação dos melhores de 2004, segundo a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Ao todo, foram 55 categorias em nove áreas
diferentes: artes visuais, cinema,
dança, literatura, música erudita,
música popular, rádio, teatro
(adulto e infantil) e televisão.
Sem muita ousadia, a premiação aconteceu, na maioria, dentro
de um grupo de artistas e projetos
já consagrados pelo público e por
outros prêmios. Foi o caso da premiação de teatro, semelhante ao
Prêmio Shell de Teatro paulista.
Marília Pêra, que havia recebido o
Shell de melhor atriz por "Mademoiselle Chanel", também levou
o APCA de 2004. Ainda na mesma
área, a também premiada "Agreste", dividiu o prêmio de melhor
espetáculo com "Ensaio.Hamlet"
e com "O que Diz Molero", e levou o de melhor autor para Newton Moreno. O prêmio especial da
crítica foi para o projeto "Arena
Conta Arena 50 Anos", da Cia. Livre, vencedora de categoria semelhante do Shell.
No cinema, documentários de
diretores consagrados foram as
estrelas. "Entreatos", de João Moreira Salles, e "Peões", de Eduardo
Coutinho, dividiram o prêmio de
melhor filme. O ator Daniel de
Oliveira foi o vencedor da categoria de melhor ator ("Cazuza").
Na TV, Tony Ramos recebeu
um prêmio pelo coronel vivido
em "Cabocla". A vilã incansável
Nazaré deu a Renata Sorrah o prêmio de melhor atriz. "Celebridade", de Gilberto Braga, foi considerada a melhor novela. De sete
categorias, apenas duas não foram para a Globo: o prêmio de
melhor adaptação para televisão
foi para "Contos da Meia-Noite",
da TV Cultura, e o de animação,
para o desenho "Mega Liga de VJs
Paladinos", da MTV.
Na música popular ficou marcada a maior tentativa de inovação, com a premiação do grupo
pernambucano Mombojó, por
seu disco "Nadadenovo". Seu Jorge foi eleito o melhor cantor por
"MTV Apresenta", e Teresa Cristina, a melhor cantora por "A Vida me Fez Assim". A categoria de
música erudita não foi contemplada neste ano por falta de quórum de crítica.
Na literatura, "O Enigma de
Qaf", de Alberto Mussa, levou o
prêmio de melhor romance, e
"Poesias Rupestres", de Manoel
de Barros, o de poesia. Arnaldo
Jabor foi premiado por "Amor É
Prosa, Sexo É Poesia - Crônicas
Afetivas" (crônica/conta), e Flávio Tavares por "O Dia em que
Getúlio Matou Allende" (não-ficção). A lista completa dos premiados está no site www.apca.org.br.
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