EM BUENOS AIRES

No dia 31 de julho, as universidades Yale (EUA) e de São Paulo vão promover um seminário para discutir Nabuco e a República.
O foco do evento nesta questão é um sinal de que aspectos menos explorados do personagem, sempre mais identificado com a campanha abolicionista, têm se mostrado atuais.
O sucesso da biografia "Joaquim Nabuco", de Angela Alonso, da coleção "Perfis Brasileiros" (Companhia das Letras), é outro exemplo. O livro busca mesclar a ação política com a biografia do autor. Já o lançamento de "Balmaceda" joga luz também sobre um Nabuco que se pretende historiador.
Para Alonso, a atualidade do personagem, demonstrada pelo interesse do mercado editorial e do público leitor, tem a ver com o momento que o país vive.
"Temos um público mais alfabetizado, vivemos numa democracia em que há espaço para diferentes interpretações críticas da história", afirma a socióloga.
Em sua opinião, Nabuco não foi o único a apontar para problemas da formação da sociedade naquele período, mas foi o que sobreviveu melhor. "Ele escrevia bem para o século 19 e também escreveu bem para os leitores de hoje. É uma das razões que fazem dele um intelectual especial", conclui. (SC)


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