No céu de julho, o Sol está em trígono com Plutão, Mercúrio ingressa em Câncer, e a Lua mingua em Peixes. Enquanto isso, aqui na Terra, a humanidade que se lamenta perde, por isso, a possibilidade de perceber que ainda teria a força de vontade para superar as adversidades. Todos exercem, em alguma medida, esta atividade inútil de lamentar-se, e o mais interessante é que, quando uma pessoa começa a exercê-la, um coro tende a se unir a ela. O mesmo não acontece quando uma pessoa manifesta felicidade, pousando-se sobre ela um olhar de desconfiança, como se a felicidade fosse atributo de pessoas pecadoras, dignas de escárnio. Só não são felizes as pessoas que não desejem sê-lo. No entanto, para ocultar a falta de boa vontade, os infelizes se apóiam uns aos outros para que, numericamente, se construa a perversa democracia na qual a verdade depende da maioria, ainda que esta maioria esteja errada. No mundo do espírito, região onde se produz a felicidade, não é a quantidade que conta, mas a qualidade. Uma pessoa feliz vale por um milhão de infelizes, e o bem que ela executa se contrapõe ao mal da maioria.

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