DA REPORTAGEM LOCAL

A ausência de salas destinadas à exibição de grandes nomes da arquitetura mundial é criticada pelos profissionais ouvidos pela Folha.
Bruno Padovano diz que arquitetos mais conhecidos, se vierem, vão participar do fórum de debates.
"Eles [os grandes nomes] fazem falta. Em eventos do mesmo tipo mundo afora, há muitos estudantes e público em geral fazendo anotações nesses espaços. Os espectadores ficam empolgados nessas salas ", avalia Ruy Ohtake.
Marcelo Ferraz destaca que salas destinadas à obra de arquitetos não precisariam ser apenas de medalhões, mas de profissionais em ascensão.
"Espaços desse tipo são importantes. Há vários bons exemplos de bienais anteriores. E não precisa ficar apenas na Fórmula-1 dos arquitetos, no "star system" da área", diz.
Para o fórum de debates, Padovano convidou uma série de arquitetos de peso no cenário internacional -não revela nomes-, mas ainda não obteve nenhuma confirmação.
Segundo o curador, os nomes mais perto de participarem do evento em São Paulo são o do suíço Jacques Herzog, que está elaborando o novo teatro de dança e ópera na Luz, e o do francês Jean Nouvel.
O curador não revela custos da Bienal, mas diz que o governo do Estado é quem está injetando mais recursos. "Não há nenhuma chance de o evento não acontecer."
A Fundação Bienal, que cede o espaço para a realização da exposição de arquitetura, não está envolvida com a organização do evento.
"Ficamos contentes com a confirmação de que uma mostra tradicional, mas o IAB é quem cuida de tudo", diz o presidente da Fundação Bienal, Heitor Martins, 41. "Meu foco é a Bienal de artes." (MG)


Texto Anterior: Arquitetos questionam Bienal "pop" deste ano
Próximo Texto: Mostra "Sinais de Fumaça" aborda circulação de objetos do cotidiano
Índice