Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

IAC inaugura sua nova sede na Belas Artes

Museu despejado de imóvel da USP em fevereiro terá área expositiva duas vezes menor

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Num espaço que é metade do que ocupava antes no centro de São Paulo, o Instituto de Arte Contemporânea (IAC) abre hoje à sua nova sede no primeiro andar de um prédio do Centro Universitário Belas Artes, na Vila Mariana.

É o desfecho de uma crise que se arrastou por quase dez meses, desde que a Universidade de São Paulo despejou o IAC, em fevereiro, do espaço que ocupava na rua Maria Antonia, que pertence à USP.

Sem sucesso, o IAC tentou fechar um acordo com a Secretaria de Estado da Cultura para ocupar um casarão em Higienópolis, e depois quase chegou a firmar um convênio com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que não foi adiante.

No meio do caminho, Pedro Mastrobuono renunciou ao cargo de presidente da instituição, posição que ocupou por nove meses depois da saída de Raquel Arnaud, galerista que presidia o IAC e que foi acusada de usar o museu para valorizar artistas cujas obras ela comercializava.

Agora sob o comando de Luiz Müssnich, a instituição -que tem no acervo 17 mil documentos sobre Sergio Camargo, Willys de Castro, Mira Schendel e Amilcar de Castro- tenta se acomodar em três salas, só uma delas expositiva, no Belas Artes.

"Perdemos em amplidão, mas ganhamos em visibilidade", diz Müssnich à Folha. "Aqui teremos mais visitas."

No acordo de cinco anos fechado com a universidade, ficou determinado que o IAC fará duas exposições por ano no espaço do Museu Belas Artes, no térreo do edifício.

É um número bem menor de mostras que o IAC estava acostumado a fazer na sede antiga, o edifício Joaquim Nabuco, que foi reformado para receber o museu por arquitetos do escritório Una -um projeto de R$ 5 milhões bancado com renúncia fiscal e algumas doações privadas.

MARIA ANTONIA

Desde a saída do IAC, o imóvel da Maria Antonia ficou vazio e recebeu a primeira mostra só na semana passada, com objetos da massa falida do banco Santos que estão sob a guarda da USP.

"Foi o tempo de limpar, reformar, trocar a iluminação", diz Moacyr Novaes, diretor do Centro Universitário Maria Antonia, sobre o hiato de dez meses.

Em novembro do ano passado, quando a USP decidiu não renovar o convênio que tinha com o IAC, a reitoria exigiu a desocupação do edifício Joaquim Nabuco um dia após o vencimento do contrato, que acabava em janeiro.

Agora, a USP planeja concluir as obras no edifício para instalar ali a área expositiva do Maria Antonia, que hoje ocupa cinco salas no prédio vizinho ao antigo IAC.

Falta concluir duas salas expositivas no térreo e construir, no subsolo, um auditório e um café. Segundo Novaes, a USP deve lançar um edital para começar as obras no ano que vem e concluir todo o processo só em 2013.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.