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Acervo do autor no IMS tem mais de 8 mil cartas

ALCINO LEITE NETO
EDITOR DA PUBLIFOLHA
MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO

A publicação das cartas inéditas de Otto Lara Resende a Fernando Sabino é um acontecimento cultural. O livro "O Rio É Tão Longe" é a porta de entrada que deverá conduzir os leitores brasileiros a um gigantesco território literário: a correspondência que Otto Lara manteve, durante várias décadas, com numerosos interlocutores.

É provável que, no prazer e no esmero dedicado à missiva, Otto Lara só encontre um rival na literatura brasileira, Mário de Andrade. Cerca de 8.500 correspondências já foram catalogadas pelo Instituto Moreira Salles (IMS), que detém o acervo de Otto.

A maior parte da coleção é composta de cartas recebidas por Otto. O recluso escritor Dalton Trevisan foi quem mais lhe escreveu: são 324 cartas no total. Outras missivas abundantes são as de Sabino (166) e as do jornalistaCarlos Castello Branco (104).

"Não é novidade que Otto foi um grande missivista. As cartas são deliciosas. Em conjunto, formam um retrato político e cultural do Brasil", diz Elvia Bezerra, coordenadora de literatura do IMS.

Em 2012, a Companhia das Letras vai lançar mais um livro de cartas de Otto, provavelmente das trocadas com Paulo Mendes Campos ou Hélio Pellegrino. Em relação a Trevisan, não há previsão de lançamento -o autor ainda não foi procurado pela editora.

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