Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Foco

Em tom psicodélico, HQ leva clássicos da literatura para a Londres de 1969

Personagens de Bram Stoker e Virginia Woolf misturam-se a best-sellers atuais em continuação de "A Liga Extraordinária"

DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

"A Liga Extraordinária" é como quando você brincava, durante a infância, de unir seus personagens favoritos em uma única história.

Só que, no caso desse gibi, o resultado conta com o empurrão dos talentos do roteirista Alan Moore ("Watchmen") e do desenhista Kevin O'Neill ("Marshal Law"). Eles lançaram a franquia em 1999, unindo personagens da literatura em cenário vitoriano.

O sucesso da empreitada garantiu continuações, como esta "Século: 1969".

Dessa vez, Mina Murray ("Drácula", de Bram Stocker) e Allan Quatermain ("As Minas do Rei Salomão", de H. Rider Haggard) se unem a Orlando (do romance homônimo de Virginia Woolf) na lisérgica Londres de 1969.

O psicodélico não passa batido nem no texto de Moore, nem no traço de O'Neill. É dosado elegantemente, com direito a festivais de música e experimentação de toda sorte.

A história inclui referências a obras clássicas da literatura e se aproveita de best-sellers contemporâneos.

Tom Riddle aparece durante um festival paz e amor. Depois, some entre duas estações de trem. Você deve saber onde ele reaparece: em "Harry Potter", como Voldemort.

A atenção aos temas atuais é típica do trabalho de Moore. Vide o anarquista "V de Vingança", da década de 80, cujo protagonista empunha uma máscara sorridente e de cavanhaque que é adereço constante em protestos ao redor do mundo atualmente.

SÉCULO: 1969

AUTORES Alan Moore e Kevin O'Neill
EDITORA Devir
QUANTO R$ 48,50 (capa dura) ou R$ 35 (brochura) (96 págs.)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.