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Crítica Comédia Filme cresce com personagens que riem do próprio fracasso ALEXANDRA MORAESEDITORA-ADJUNTA DA “ILUSTRADA” Num tempo em que discussão de piada virou coisa séria, o maior mérito do filme dos Muppets é botar os bonecos para rir de si mesmos. No longa, a turma se reúne a partir do empenho de um fã, Walter, que descobre um plano de destruição do antigo teatro dos bonecos. Ele procura Kermit, o sapo conhecido aqui como Caco, para arquitetar a salvação do imóvel e de sua história. É difícil não ver os Muppets como suvenires emocionais dos anos 70 (e/ou 80, para quem assistiu ao desenho), e o filme sabe se aproveitar disso. Vilões, mocinhos, protagonistas e celebridades-figurantes concordam e insistem num ponto: "Ninguém se lembra dos Muppets". O que surpreende, ainda mais em produção de rótulo infantil, é haver pouca pieguice nessa constatação. Assim, o "ninguém se lembra" vira uma espécie de mantra que consegue manter a graça a cada enunciação. Uma chatice é o vício da Disney, que produziu o filme, em coreografias. Mas até isso parece se justificar quando a torrente piadística se vira contra o excesso de rodopios. Delírio dançante ou dor de fracasso, tudo é encarado como matéria-prima para o bom humor, num registro agridoce tão elementar quanto raro. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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