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Adeus, clube do bolinha!

KEILA JIMENEZ
COLUNISTA DA FOLHA

Mesas redondas de futebol, canais eróticos, ringues de UFC. Os redutos masculinos na TV começaram a ver uma plateia de saias engrossar a audiência.

Não, as mulheres ainda não trocaram as novelas pela "discussão de relação" dos boleiros. Mas já são fatia considerável do público de programas esportivos, canais de lutas e de filmes pornô.

Elas representam quase metade do número de assinantes (49%) dos canais eróticos. Somam 35% do público do "Globo Esporte" (Globo) e 34% do canal Sportv.

Audiência por osmose, modismo, fim do preconceito. Sobram motivos para elas invadirem a festa dos donos do controle remoto. E ninguém vai colocá-las para fora. Ao contrário: ganharam pulseirinha VIP.

"Temos como foco atender aos desejos das telespectadoras e oferecer faixas e programas que as agradem", diz o diretor-geral do canais Playboy, Maurício Paletta.

Vale tudo na busca por tornar a "TV borracharia" mais agradável à alma feminina.

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