Festival eletrônico mistura pop e metal

No superdimensionado festival de música eletrônica UMF, que foi de sábado à tarde a domingo de manhã no Anhembi, teve de tudo, inclusive música eletrônica.

Último grande do calendário brasileiro de 2011, o evento teve New Order, dance punk, dubstep, metal, DJs tocando Nirvana, Rage Against the Machine, Coldplay.

Não teve foi muito público, com as extraoficiais 10 mil/15 mil pessoas circulando por um espaço para 30 mil. O número oficial é 25 mil.

O lado bom: podia-se chegar perto das atrações, a ida ao banheiro não era aventura, pegar um táxi foi tranquilo e ocorrências médicas e policiais, nulas. O lado ruim: constatar que a música eletrônica como "grande evento" precisa ser repensada.

Procurando preencher um espaço deixado pelo Skol Beats -que acabou em 2008- no calendário dance nacional, o importado UMF tentou primeiro trazer Chemical Brothers e Prodigy, para o impacto necessário. Não deu.

Restou o New Order, na atual fase "Old Old Order", carregado de hits famosos, mas hoje sem força. E o trio escandinavo Swedish House Mafia, o lado da "nova eletrônica" do festival, que lota arenas na Europa e o Madison Square Garden nos EUA, mas toca house misturada aos citados Nirvana e Coldplay.

A escalação do UMF acertou no panorama: trouxe artistas de trabalhos duplos (DFA 79 e MSTRKRFT, Diplo e seu Major Lazer), mostrou o "velho" DJ brasileiro Marky dando banho drum'n'bass na novíssima cantora Lana Del Rey, fez a dupla inglesa Nero mostrar essa tal energia do dubstep -onda jovem para indies e eletrônicos no Reino Unido e atual superonda nos EUA, goste-se ou não dessa nova cara da dance music.

A imagem que fica do festival foi a do show do Death from Above 1979, uma avalanche punk que afugentou boa parte do público eletrônico e que teve Iggor Cavalera como convidado na bateria.