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Elza Soares e Emicida gravam duetos para projeto 'Compacto' Encontro gerou videocast que vai ao ar na internet nos dias 13 e 15 MAYRA MALDJIANDE SÃO PAULO "E se a gente quiser dar as mãos?", sugere Elza Soares, 81, óculos de sol estilo gatinho, à produção, que aproxima uma cadeira da outra. Sentado a seu lado está Emicida, 26, sorriso tímido de canto de boca, incrédulo. De mãos dadas, cantora e rapper permanecem até o fim da gravação do videocast "Compacto", realizada em São Paulo, na semana passada. A fórmula do programa feito para a internet prevê a escalação de duetos entre nomes consagrados e promessas da música brasileira. Enquanto Nyack, DJ do rapper, e Muralha, DJ da cantora, acertam o som, Elza repassa "Quero Ver Quarta-Feira", canção de seu parceiro. "Barracão/ Eu ainda vejo o mesmo barracão/ Mas o espírito, não." O refrão, originalmente cantado por Mart'nália, ganha a rouquidão rasgada da veterana. Vão-se algumas tomadas até Elza incorporar os versos. Lá pela quarta, ela chora. "Eu me vi dentro da música, porque morei em barracão", explica à Folha, nos bastidores. No segundo dueto, a melancolia passa longe. Elza esquece a operação na coluna, que a faz circular em cadeira de rodas boa parte do tempo, e começa uma versão de "Nega do Cabelo Duro", incrementada por improvisos de Emicida e samples divertidos do DJ Muralha. "Elza é uma das páginas mais bonitas da nossa música", diz o MC paulistano, riscando mentalmente um item de sua "lista de sonhos a realizar". A carioca retribui. "Fiquei muito feliz. A carinha dele é tudo." Segura de si e cheia de planos, Elza cita, com orgulho, o título de voz do milênio, conferido pela BBC de Londres em 2000. Diz ainda que é gostoso trabalhar com essa "turma jovem, querendo viver muito". "E eu, como gosto de viver muito também... tá feito!" Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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