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Crítica Drama

Filme é "Rocky" com dança em vez de boxe

História de bailarino chinês que pediu exílio nos EUA é propaganda anticomunista com clichês melodramáticos

RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA

Baseado na autobiografia do bailarino chinês Li Cunxin, que deixou para trás o comunismo e pediu exílio nos Estados Unidos em 1981, "O Último Dançarino de Mao" foi vendido pelo marketing como um épico em que a arte triunfa sobre a opressão.

Mas, da forma que foi feito, o filme parece mesmo uma velha e (não tão) boa propaganda anticomunista.

É um "Rocky Balboa 4" (1985) com Cunxin no papel de Rocky, sapatilhas em vez de luvas, a burocracia chinesa fazendo as vezes do gigante soviético Ivan Drago.

E, no lugar do caráter apoteótico da série de boxe, há a narrativa convencional e o estilo tépido que são marcas registradas do diretor Bruce Beresford desde "Conduzindo Miss Daisy" (1989).

Como um telefilme, "O Último Dançarino de Mao" não quer perder nenhum momento chave do biografado.

Da infância pobre à seleção para uma companhia de dança estatal, da temporada como estudante nos EUA ao pedido de exílio e à consequente briga com os comunistas, do sonho americano ao retorno triunfante à China.

Em meio aos clichês melodramáticos, algo se salva: a dança de Chi Chao -mau ator, mas grande bailarino.

Se a vida de Cunxin tivesse sido encenada como um balé, "O Último Dançarino de Mao" seria um melhor filme.

O ÚLTIMO DANÇARINO DE MAO

DIREÇÃO Bruce Beresford
PRODUÇÃO Austrália, 2009
ONDE Frei Caneca Unibanco Arteplex e Reserva Cultural
CLASSIFICAÇÃO 18 anos
AVALIAÇÃO ruim

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