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Desafios de garoto surdo e cego viram série virtual

'Educating Max' tem 5 episódios na internet e marca estreia na direção de Mabel Feres

Fotógrafa brasileira acompanhou rotina de menino americano na terapia e na escola que ele frequentava

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DE SÃO PAULO

Há quem acredite que um nome possa determinar uma vida. A mãe de Max pensou nisso quando ele nasceu.

"Ele necessitava de um nome simples. E Max é máximo. Ele iria precisar disso em sua vida", conta a americana Jennifer Brooke em "Educating Max", série em cinco episódios dirigida por Mabel Feres e disponível no YouTube e no site educatingmax.com.

Max nasceu um bebê como todos os outros. Mas, ainda no hospital, contraiu um vírus que atingiu seu cérebro e o deixou cego e surdo.

Guerreiro, o máximo Max vai à escola, faz fonoaudiologia, terapia e é uma espécie de Diego Hypólito em seu balanço. Domina o aparelho com acrobacias e ri. Muito.

É essa rotina que a fotógrafa brasileira Mabel Feres, em sua estreia na direção, registra na série. "Jennifer fez o projeto paisagístico da minha casa em Nova York. Mas, quando me encontrei com ela, não conhecia sua história nem a de seu filho", diz.

Resolveu fazer algumas gravações para ajudar a angariar fundos para uma escola para deficientes. "O projeto acabou ficando maior."

Ela filmou a vida de Max quando ele tinha quatro anos, em julho de 2010. Em novembro, terminou de editar o material e colocou na rede. Hoje, entram no ar as legendas em português.

"É estranho mas também bonito. Não é deprimente. E Jennifer mostra que é possível superar essa tragédia."

Max tem seis anos, recebeu injeções de botox nas pernas, conforme sua mãe conta no blog lifeisnotboringwithmax.blogspot.com, e enfrenta novos desafios em Boston, onde passou a viver.

Coincidentemente, Mabel Feres também se mudou para lá. "Voltei a filmá-lo. Hoje devemos fazer algumas cenas na piscina."

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