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iSe eu te pago

Música baixada na loja nacional do iTunes deve ser mais cara que o preço de CDs

Ilustração Allan Sieber

THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO

A versão brasileira da iTunes Store, loja digital de música criada nos Estados Unidos em 2003 pela Apple, deve entrar em operação ainda nesta semana no país.

Com artistas nacionais no catálogo, a expectativa é de que faixas sejam vendidas ao preço único de R$ 1,99.

O valor é superior ao cobrado nos Estados Unidos. Lá, cada música é vendida por US$ 0,99, cerca de R$ 1,79.

Se a operação no país não começar daqui a dois dias, será uma grande surpresa para as gravadoras brasileiras. A iTunes Store é o principal assunto nas empresas, mas sem declarações oficiais.

O silêncio é fruto da cláusula de confidencialidade imposta pela Apple em contrato. A inflexibilidade de executivos procurados pela Folha sugere que rompê-lo deve ter graves consequências.

Embora ninguém confirme oficialmente, a Folha apurou que R$ 1,99 deve ser o preço por faixa. Se aplicado, fará com que seja mais caro comprar um álbum inteiro em sua versão digital (para download) do que na física, oferecida em lojas on-line que arcam com o custo do frete dos CDs.

Executivos das gravadoras não rebatem a matemática, mas acreditam na mudança de hábito dos fãs, que passariam a comprar faixas soltas.

Para eles, poder adquirir faixas avulsas valorizaria a compra por impulso. É a esperança da indústria fonográfica, que faturou em 2009 cerca de R$ 350 milhões -25% do valor de dez anos atrás.

O cantor sertanejo Michel Teló, dono do hit do momento, "Ai Se Eu Te Pego", tem três discos lançados.

Em loja on-line de CDs, é possível comprar todos por R$ 42,70. Se baixados na iTunes Store por R$ 1,99 a faixa, as músicas custariam R$ 97,50. Cerca de 128% a mais.

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