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Possível efeito na pirataria esbarra no custo elevado

DE SÃO PAULO

O diretor de marketing de uma grande gravadora brasileira acha que a Apple teria condições de reduzir o preço final no Brasil, mas conta que a ideia foi rechaçada nas reuniões sobre a operação.

Para ele, o preço mais baixo seria fundamental para que a chegada da iTunes Store tivesse impacto sobre a pirataria. "Se custasse menos que um CD, seria bem mais fácil convencer alguém que nunca pagou por música a começar a pagar", afirma.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos, a pirataria ocupa 65% do mercado fonográfico. Estudos mostram que o Brasil perde cerca R$ 500 milhões por ano em arrecadação de impostos apenas neste setor.

Outro executivo crê que o modelo de download pago já chega tarde demais. "A Apple lançou a loja americana em 2003, uma época em que o combate às trocas ilegais de MP3 estava muito forte. De lá para cá, tivemos oito anos de download ilegal sem freio no Brasil. A maioria [dos usuários] não vai parar de procurar música de graça", disse.

"Esse preço [do iTunes] é pensado estrategicamente para não esvaziar o mercado dos CDs, que ainda é importante na indústria nacional", disse o advogado José Carlos Costa Netto, presidente da Abda (Associação Brasileira de Direito Autoral). (TM E MM)

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