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iTunes Store é aprovada por artistas brasileiros

Possíveis efeitos contra a pirataria ainda geram ceticismo na classe

Bandas veteranas vão atrás de gravações antigas para aumentar disponibilidade de seus títulos para download

THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO

A chegada da iTunes Store no Brasil, em operação desde a última terça-feira, foi bem recebida pela maioria dos artistas brasileiros, embora persistam dúvidas sobre o poder de gerar algum efeito no combate à pirataria.

Nomes de carreira em alta, como Paula Fernandes, destacam a importância do novo modelo, principalmente para o público, "que poderá encontrar suas canções e artistas preferidos onde quer que esteja, em minutos."

Ontem, o disco ao vivo da cantora sertaneja era o sexto entre os mais baixados na loja brasileira da Apple.

Clemente, líder da veterana banda punk Inocentes, confessou ter ficado surpreso ao ver quatro álbuns seus disponíveis para download.

"Acho bacana, como artista e como consumidor. Tenho discos gravados por vários selos, vou batalhar para ter direito de incluir todos."

Quanto a um possível efeito contra a pirataria, ele não segura uma risada. "Impossível! Depois de 200 anos baixando de graça? Esse comportamento não muda. Só na próxima geração, e olhe lá!"

Samuel Rosa, do Skank, prefere apostar em aspectos positivos no lançamento. E cita sua história pessoal.

"Para uma pessoa que já viajou para outra cidade, única e exclusivamente, para garimpar discos, imagina como estou festejando a chegada da iTunes Stores ao Brasil", conta o músico.

Para Philippe Seabra, guitarrista e vocalista da banda Plebe Rude, que tem apenas seu disco mais recente disponível na loja da Apple, "agora não tem mais desculpa!".

Ele se refere ao relançamento da discografia do grupo, iniciada nos anos 80 com "O Concreto Já Rachou", que ele quer viabilizar há anos.

"Já estou em contato com a gravadora para download, mas acho que nem precisaria batalhar por isso, né? O bom senso deve prevalecer e tudo vai entrar [na loja virtual]."

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