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Documentário mostra intimidade do ator COLABORAÇÃO PARA A FOLHAUm operário do teatro. Um homem vaidoso. Um ator que, mesmo com sua importância histórica, não gostava de ser reverenciado. Essas definições fecham um breve perfil de Sergio Britto que a atriz e diretora Isabel Cavalcanti pretende mostrar em um documentário gravado desde 2009. Com o título provisório "O Homem das Mil Fábulas", o filme ainda está em fase de produção e deve estrear no ano que vem. Desde que foi chamada por Britto para dirigir a peça "A Última Gravação de Krapp / Ato sem Palavras 1", a diretora estreitou laços com o ator. Isabel Cavalcanti passou a filmá-lo nas coxias e na vida íntima. Conseguiu cenas preciosas, como o atraso de dez minutos do espetáculo provocado por um jogo do Fluminense. "Cala a boca, eu tenho que ver o jogo", Britto retrucou quando lhe disseram para entrar em cena. A diretora lembra que suou frio quando o ator fez a primeira leitura da peça de Samuel Beckett. "Eu sofri pensando em como falar para ele: 'Não é nada disso, não é esse o caminho'", conta. "Mas, quando falei, ele se abriu e perguntou: 'Então qual é o caminho?' Ele não gostava de ser reverenciado", completa. INTIMIDADE Também sobressai nas gravações o perfil de um homem que não tinha medo de falar sobre nada. "[No filme], ele não fala sobre ter se assumido gay porque isso nem era uma questão para ele. Mas fala abertamente sobre sua vida íntima, sobre seus namorados. O Sergio adorava falar sobre sexo", conta a diretora. (GF) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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