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Crítica/Comédia O que teria acontecido com a carreira do diretor americano Cameron Crowe? RICARDO CALILCRÍTICO DA FOLHA Nos anos 90, ele foi a grande esperança branca do cinema hollywoodiano, enfileirando filmes que conseguiam agradar público, crítica e Oscar, como "Vida de Solteiro" (1992), "Jerry Maguire" (1996) e "Quase Famosos" (2000). E aí veio a década perdida, os anos 00 dos flops "Vanilla Sky" (2001) e "Tudo Acontece em Elizabethtown" (2005). Ok, o primeiro era um ponto fora da curva. Mas o segundo era uma clássica história humana "crowniana". Só que a magia não estava mais lá. Era como se os movimentos do mágico tivessem ficado lentos, e o público pudesse desvendar o truque, perceber o momento em que ele enfiava o lenço no dedo falso. Os anos 10 começam com Crowe tentando voltar ao jogo com o filme "Compramos um Zoológico", como se ele fosse um dos heróis de seus filmes, o desajustado em busca de redenção. Ele decidiu adaptar um livro com todos elementos para agradar ao público. Há amor e morte, bichos e crianças, grandes obstáculos e segundas chances, o sempre confiável Matt Damon no papel principal e a sempre sexy Scarlett Johanson como uma tratadora de animais. E existem também maneiras distintas de encarar o esforço de Crowe. Se o copo estiver meio vazio, o filme pode ser visto como uma tentativa desesperada de reencontrar o sucesso recorrendo ao universo temático dos telefilmes da Disney -com resultado bem inferior ao dos melhores trabalhos do cineasta. Se o copo estiver meio cheio, "Compramos um Zoológico" é um filme-para-toda-a-família com menos pieguice e mais música boa que a média -e que está muito longe dos piores momentos da carreira de Crowe. É o tipo de obra que passa de ano com a nota mínima -e que deixa para um próximo filme a resposta para a pergunta do título deste texto. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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