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Crítica/Turismo Sérgio Augusto guia leitor pela Paris da 'geração perdida' Jornalista lança em livro a reportagem publicada no caderno "Turismo", da Folha ALCINO LEITE NETOEDITOR DA PUBLIFOLHA Os EUA sempre flertaram com Paris, e vice-versa, desde os tempos da Revolução de 1776, quando os franceses ajudaram os americanos a se livrarem do jugo britânico. No século 20, a expansão econômica dos EUA tirou da França o poder que ela mantinha há séculos de orientar a história moderna do Ocidente. Pouco a pouco, todos se americanizaram, inclusive os franceses. Foi justamente no início do declínio da França e da Europa, após a devastadora Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que se acelerou o desembarque em Paris de inúmeros artistas e intelectuais que fariam a glória da cultura americana futura: de Ernest Hemingway (1899-1961) a Man Ray (1890-1976), de Ezra Pound (1885-1972) a Alexander Calder (1898-1976). Essa "geração perdida", como cunhou a escritora Gertrude Stein (1874-1946), e seu exílio francês são o tema do novo livro do jornalista Sérgio Augusto, "E Foram Todos para Paris", misto de ensaio histórico e guia dos locais habitados e frequentados pela turma de "Hemingway, Fitzgerald & Cia.", como diz o subtítulo. Para o livro, o jornalista reviu e atualizou uma longa reportagem de 16 páginas publicada em 1990, no caderno "Turismo", da Folha. Acrescentou uma deliciosa introdução, mapas, fotos e bibliografia, o que deixou o volume com 126 páginas. ESCRITA CATIVANTE Sérgio Augusto segue os passos da "geração perdida" em cinco regiões da Rive Gauche (a margem esquerda do Sena) -habitat preferencial dos artistas à época-, na Rive Droite (margem direita), na Riviera francesa e até nos famosos cemitérios de Paris, onde muitos americanos encontraram o exílio eterno. Dono de uma escrita cativante, charmosa e erudita, Sérgio Augusto produziu um pequeno guia turístico útil e curioso para os que amam a cultura americana e os mistérios de Paris. O leitor fascinado pelo tema e pela pena do jornalista lamentará apenas que, para a edição em livro, Sérgio Augusto não tenha encompridado um pouco a reportagem original e tenha preferido mantê-la tal como publicada na imprensa -tão sintética e telegráfica. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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