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Primeira série brasileira feita para Facebook investe em interatividade

ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DE SÃO PAULO

Vênus, a deusa do amor, passou pelo Monte Olimpo (aqui transfigurado em bloco carnavalesco do século 21) e teve uma epifania: era hora de se aposentar.

A sinopse insólita é de "Deus do Amor", primeira série brasileira feita para o Facebook (facebook.com/deusdoamor). O primeiro episódio foi ao ar em junho, produzido pela carioca Saga Estúdios.

Os capítulos, com duração entre dez e 16 minutos e orçamento abaixo de R$ 10 mil, costuram formatos que vão do audiovisual ao game, alinham ficção a eventos reais e preveem intervenções do público no enredo. Ou seja: um tira-gosto da tão falada interatividade da TV do futuro.

Tudo começa com a busca de Vênus -encarnada na típica gatinha de Ipanema-por um substituto. É a deixa para que os seres do Olimpo se engalfinhem num esboço de UFC mitológico.

Só que a história não termina na rolagem dos créditos. Por exemplo: o "extra" de um episódio mostra a passeata do Coração Livre -reunião de mortais contrários à influência de cupidos. O piquete, na verdade, foi um "flash mob" (performance-relâmpago marcada pela internet) com fãs.

"Os participantes empunharam placas com dizeres como 'Proibido flechar!'. Passantes acreditaram que era uma manifestação real", diz o diretor Thiago Aiache, 28.

O vídeo do protesto só ficou disponível para aqueles que ganhavam um jogo no Facebook. E quem avançava no desafio recebia bombons pelo correio, com pistas que levavam à fase seguinte.

A participação do público se desdobra em festas que chegam a reunir 400 pessoas, entre equipe e audiência -não há dados concretos sobre o tamanho desta. Drinques como o "CaipiKrishna" (inspirado no deus hindu) são distribuídos entre os convivas.

Um alento para tecnofóbicos: é possível seguir a série sem entrar nos jogos interativos. Participa quem quer.

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