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Discos mais esperados do ano têm grifes veteranas

Exceções são Nicki Minaj e Gaby Amarantos, que reinventam seus gêneros

Van Halen e No Doubt retornam ao mercado depois de muitos anos, e Caetano Veloso quer fazer rock com violão

THALES DE MENEZES
MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

A expectativa em relação a novos álbuns dessa temporada, principalmente no mercado internacional, acaba se concentrando em nomes veteranos, como Madonna e U2.

Os artistas mais jovens já forjaram suas carreiras numa época em que o download de cada faixa é a nova lei. Não há muito o que esperar de novo, por exemplo, no álbum de Lana Del Rey. Suas músicas se espalham pela internet.

Nicki Minaj é uma exceção. Conseguiu uma feliz reunião de hip-hop e pop em seu primeiro disco, de 2010. Injetou frescor nos dois gêneros.

"Pink Friday: Roman Reloaded", o sucessor, traz canções de Roman Zolanski, um dos alter egos que a cantora assumia no trabalho de estreia. É o Ziggy Stardust 2012.

Nicki também está no novo CD de Madonna, "LUV". Ela e M.I.A. colaboram com vocais no disco em que, esperam fãs da cantora, Madonna se reinventará pela enésima vez, mantendo seu trono.

Dois pesos-pesados de gerações diferentes também lançam álbuns. Todos querem ver a pegada dançante prometida pelo U2 em um disco cheio de produtores convidados. Mas "Kisses on the Bottom", de Paul McCartney, aponta para mais do mesmo.

O No Doubt, da loira Gwen Stefani, se reúne depois de 11 anos e resgata o ska pop.

Na volta do Van Halen, 14 anos após o último álbum, o vocalista original David Lee Roth canta com a família Van Halen: os irmãos Eddie (guitarra) e Alex (bateria), com o baixo nas mãos de Wolfgang, filho de Eddie. É o "two and a half men" do rock.

E duas vocalistas de primeira linha voltam à frente de seus grupos: Shirley Manson, com o Garbage, e Beth Gibbons, no Portishead.

A HORA DO PARÁ

No Brasil, a música de Belém do Pará deve, enfim, conquistar o Sudeste -algo parecido ao que aconteceu com Pernambuco nos anos 1990.

Gaby Amarantos lança um ótimo primeiro álbum solo, em que traz a batida do tecnobrega para o pop nacional. Embala o som da periferia paraense com papel e laço de fita para ouvidos "urbanos".

Felipe Cordeiro solta segundo trabalho com as mesmas intenções que a conterrânea. "Kitsh Pop Cult" funde carimbó, lambada, rock e música eletrônica.

Experimentações sonoras devem vir nos álbuns de Lucas Santtana, Nação Zumbi, Marcelo Yuka e Tom Zé.

O segundo álbum de estúdio da Orquestra Imperial está agendado para o segundo semestre, mas CD e DVD ao vivo saem antes de julho.

Cantora-revelação de 2010, a paulista Tulipa Ruiz já produz seu segundo álbum, em que repete a produção do irmão Gustavo Ruiz.

Prometido para novembro passado, Otto lança agora "The Moon 11:11", com influência confessa de Fela Kuti, Pink Floyd e John Coltrane.

Caetano Veloso lança o terceiro disco com a banda Cê, que traz pegada roqueira para seu trabalho desde 2006.

Sua irmã Maria Bethânia entrega álbum de estúdio que inclui músicas de Guilherme Arantes e Djavan -que também lança disco de inéditas.

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