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Mostra de Da Vinci é exercício de paciência para visitantes

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Para ver a exposição "Leonardo da Vinci - Pintor na Corte de Milão", a mais abrangente reunião de telas do artista, em cartaz na National Gallery, em Londres, até 5/2, os interessados devem preparar o bolso. Ou a paciência.

Com ingressos antecipados esgotados, é possível obtê-los pela internet, em sites de venda e troca de tíquetes, mas pagando até 110 libras (R$ 300), sete vezes mais que as 16 libras (R$ 43) originais.

A National Gallery, contudo, considera o negócio irregular. Em seu site, diz que o esquema não faz parte dos termos e condições da venda e que está contatando os sites para retirar os bilhetes.

A alternativa é tentar uma das 500 entradas que o museu disponibiliza por dia para aqueles que se dispõem a enfrentar uma longa fila.

Vencido o desafio do ingresso, é preciso exercitar a paciência, pois há aglomeração em torno das obras.

Que Leonardo da Vinci foi um gênio, atuando em diversos campos, é conhecido. O que a mostra revela é quão absorto por outros interesses o artista também podia ser.

Da Vinci não pintou muitas telas e, das que começou, menos ainda foram as que efetivamente concluiu.

"São Jerônimo", por exemplo, resta inacabada, mas é possível notar como o artista se esforçava em reproduzir a musculatura humana.

Em um dos desenhos, um esboço de fortificação convive com um retrato de um jovem, posteriormente usado como base para um dos personagens de "A Última Ceia".

Outro ponto alto é a sala dedicada às duas versões de "A Virgem dos Rochedos". É possível comparar o tom realista da tela do Louvre a uma exploração mais intensa das cores no quadro no acervo da própria National Gallery.

A "Mona Lisa" não faz parte da mostra, por ser posterior ao período em que o pintor esteve a serviço da corte de Milão, onde prestava serviços para Ludovico Sforza, o Mouro, duque de Milão.

Mas tem uma rival à altura. O retrato de Cecília Gallerani, "Dama com Arminho", homenageia a amante favorita e mais famosa de Sforza.

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