Crítica Pop

Música de Lana Del Rey em "Born to Die" soa tão falsa quanto seus lábios de botox

Todo mundo já sabia que não iria durar muito tempo, mas ninguém esperava que durasse tão pouco.

A cantora Lana Del Rey, 25, mais uma figura que emergiu para o mundo devido ao caráter participativo das redes sociais, desmorona na audição de seu primeiro álbum, lançado na semana passada.

Músicas um tanto interessantes que Lana já mostrara em singles, como "Blue Jeans" e "Video Games", se perdem em faixas fracotes. Boa parte está ali para completar a duração do disco.

Ótimo produto visual para a internet, porque é bonitona e estilosa, ela tem uma voz nas gravações que não consegue reproduzir ao vivo.

Nas últimas semanas, suas aparições cantando em programas de TV na Inglaterra e nos EUA foram, para dizer o mínimo, desastrosas.

A crítica inglesa pegou leve, creditando parte do fiasco ao nervosismo de Lana interpretando pela primeira vez em outro país. Mas foi em casa que o pau comeu solto.

Mesmo antes de encerrar sua participação no humorístico "Saturday Night Live", as redes sociais receberam milhares de posts detonando a moça. Não que Lana cante mal. Ela simplesmente não sabe cantar.

É impossível não pensar no quanto a voz dela foi mexida no estúdio para gravar "Born to Die" -aliás, um título que vai do óbvio ao premonitório, "nascida para morrer".

A fórmula de bases de hip-hop para canções românticas derramadas é tão repetida que ouvir todas as faixas se torna um desafio.

Quanto tenta sustentar um álbum completo, a música de Lana Del Rey soa tão falsa quanto seus lábios de botox.

Lana agiu para tentar tirar de circulação o disco que gravou há dois anos, ainda com o nome artístico Lizzy Grant, porque o considera "sofrível". Será que daqui a algum tempo vai tentar enterrar também "Born to Die"?