Índice geral Ilustrada
Ilustrada
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Crítica Pop

Proposta dançante carece de produtores mais modernos

THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO

As cantoras estão transbordando no mundo pop. Entre a excelência de uma Adele e a picaretagem de uma Lana Del Rey, parece existir espaço para aceitar qualquer uma.

Para deixar de ser qualquer uma, Ximena Sariñana precisa mostrar um pouco mais de força do que aparece em seu segundo trabalho, álbum que leva seu nome.

O disco tem dois ingredientes importantes para vingar: voz e ideias. Falta mais corpo para sustentá-las.

A voz da mexicana agrada, tanto em músicas agitadas como nas baladas, embora nessas a utilização de programinhas para ajudá-la fiquem bem evidentes.

Classificada inicialmente na praia do jazz pop, Ximena tem ideias que não cabem nesse rótulo. Ela quer colocar o ouvinte para dançar.

"Different", que abre o disco e é seu maior hit, deixa claro.

Seguem na mesma trilha "The Bid", a quase rock "Shine Down", a agitada "Echo Park" e as tímidas tentativas de fazer electro "Lies We Live In" e "Love Again".

O problema delas é a insistência em programações de bateria para lá de manjadas. Isso deixa tudo parecido com faixas extraídas de uma coletânea pop dos anos 80.

A sonoridade lembra os discos de Marina Lima nesse período, ousados naquela época, mas extremamente datados se escutados hoje.

Ximena precisa se aliar a produtores mais antenados com a modernidade. Colando neles, pode mostrar suas propostas dançantes com mais frescor. É a lição de Madonna para suas seguidoras.

Por enquanto, a "chica" ficou apenas na tentativa.

XIMENA SARIÑANA

ARTISTA Ximena Sariñana
LANÇAMENTO Warner Music
QUANTO R$ 26, em média
AVALIAÇÃO regular

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.