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Artista Mike Kelley morre aos 57 em Los Angeles; polícia suspeita de suicídio

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Um artista que esquadrinhou o lado abjeto da cultura norte-americana, Mike Kelley foi encontrado morto na última terça, aos 57 anos, em sua casa em Los Angeles.

Policiais suspeitam que ele tenha cometido suicídio.

Kelley, descrito como "artista com sensibilidade roqueira" pelo "New York Times", foi um dos fundadores da banda pré-punk Destroy All Monsters nos anos 1970.

Mais tarde, ele despontou nas artes visuais abordando temas tão díspares quanto psicanálise, cultura clássica, super-heróis, filosofia e estética kitsch em sua obra.

Seus enormes bichos de pelúcia, costurados uns aos outros ou deformados, tornaram seu trabalho mais conhecido. No total, Kelley participou seis vezes da Bienal do Whitney em Nova York e estava escalado para mais uma edição, no mês que vem.

Amigos do artista, como Helene Winer, sócia de sua antiga galeria, disse que Kelley aparentava estar deprimido. "Não passou despercebido", disse Winer. "Ele foi um artista brilhante e influente."

Em vida, Kelley era visto como um "bad boy" das artes visuais por sua obra controversa e foi enquadrado no movimento batizado pelos críticos de "arte abjeta".

"Não fui 'bad boy' em momento nenhum. Meu trabalho não tem a ver com ser um adolescente arrogante", disse Kelley numa entrevista recente. "Esses termos foram usados para desclassificar minha obra num momento em que ela ainda não cabia no cânone da arte popular."

Na esfera da música, Kelley também trabalhou com Kim Gordon, do Sonic Youth, e fez a capa do disco "Dirty", que a banda lançou em 1992.

Veja galeria de imagens com obras do artista americano Mike Kelley
folha.com/fg6370

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