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Metropolitan amplia área dedicada à arte dos EUA

Museu em Nova York reforma 26 galerias para expor 17 mil obras

Modernização e urbanização americana ganham mais espaço, assim como a pintura e as artes decorativas

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

Imigração, escravatura, expansionismo, nacionalismo e participação nas guerras, sejam elas internas ou no exterior. Grandes temas da história dos EUA ganham mais representatividade no museu Metropolitan, em Nova York, que acaba de ampliar a ala dedicada à arte americana.

Vinte e seis galerias foram renovadas, e as artes decorativas ganharam mais atenção, com exposição de móveis coloniais, artefatos em prata e impressionante exibição de esculturas e retratos.

Outros grandes temas também ganham referência, como a época colonial, o ideal de liberdade, o início da fase republicana e a Guerra Civil. Há, ainda, peças representativas do impressionismo e da arte popular.

A famosa tela "Washington Cruzando o Delaware" (1851), de Emanuel Leutze, que mostra o general George Washington atravessando o rio durante a Guerra de Independência (1775-1783), também recebeu espaço nobre.

Outro destaque é o centro de estudos Henry R. Luce, que tem de arte decorativa e gere o catálogo virtual de toda a ala americana.

A renovação da ala encerra um projeto iniciado em 2007, quando o Metropolitan abriu galerias para o período que vai de 1810 a 1845. Com o término da reforma, 17 mil peças estão expostas.

Morrison Heckscher, presidente da ala americana do museu Metropolitan, afirmou que as prioridades foram facilitar a visita às galerias e criar espaços em que a luz, a proporção e os materiais permitissem a melhor exposição possível das peças.

URBANIZAÇÃO

A especialista em história da arte Elizabeth Hutchinson, do Barnard College, diz que a reinauguração dos espaços dedicados à arte americana no Metropolitan ampliou a possibilidade de conhecer os processos de modernização e urbanização dos EUA.

Ela também destaca a possibilidade de conhecer detalhes das representações de classe, gênero, filiação política, identidade regional e religiosa ao longo da história.

A ampliação das áreas destinadas à pintura tem papel importante para o ganho que a especialista descreve.

Hutchinson frisa que a reinauguração da ala americana atenua a ênfase que o museu conferia ao século 19 e a expande para outros períodos da história americana, do século 18 à Primeira Guerra.

No final do ano passado, o Metropolitan também renovou 15 galerias, entre as quais aquelas dedicadas à arte árabe, turca e iraniana.

A coleção abarca 13 séculos e abrange partes da África, da Europa e do sul e do centro da Ásia.

O Metropolitan abre de terça a domingo, e os ingressos variam de US$ 12 a US$ 25 (de R$ 20,80 a R$ 42,50). Em alguns casos, a entrada é franca. Mais informações no site www.metmuseum.org.

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