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Opinião

Depois do hype na estreia, banda evolui e não se repete

DE SÃO PAULO

Quando formou o Arctic Monkeys, em 2002, Alex Turner tinha 16 anos e não tocava guitarra. Aprendeu e, quatro anos depois, lançou um disco de estreia que vendeu 365 mil cópias apenas na primeira semana. Um recorde histórico no Reino Unido.

Comparado ao americano Strokes, que também fez um fuzuê danado na internet antes de soltar o primeiro disco, o Arctic Monkeys se saiu melhor na vida "pós-hype".

Enquanto os nova-iorquinos repetiram sua fórmula em quatro álbuns sucessivamente piores, Turner e seus amigos ousaram mais. Cada um de seus discos seguintes teve sonoridade própria.

As letras bem construídas de "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not" (2006) se repetiram em "Favourite Worst Nightmare", no ano seguinte. No entanto, o quarteto fugiu do rock redondinho. Tinha até ecos da new wave da década de 80.

Aí veio "Humbug" (2009) e o inesperado flerte com o hard rock, lembrando bandas inglesas de som sujo do início dos anos 70, como Slade.

Em "Suck It and See", lançado no ano passado, o que se ouve é um Arctic Monkeys mais encorpado do que nunca. As canções parecem hinos para funcionar em estádios.

Essa evolução indica que o show no Lollapalooza deve ser melhor do que aquele da primeira vinda ao Brasil, em 2007 no Tim Festival.

(TM)

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