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Análise

Thatcher sai como "dona da razão" em guerra das Malvinas

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

A estreia de "A Dama de Ferro" na Argentina ocorre num momento delicado, em que a presidente Cristina Kirchner voltou a reivindicar com contundência o arquipélago das Malvinas (Falklands, em inglês).

As ilhas, que pertencem ao Reino Unido, foram motivo de uma guerra central no governo da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, em 1982.

No filme, vemos alguns momentos cruciais do conflito, como o episódio em que Thatcher fica sabendo da invasão das ilhas pelo Exército argentino e não titubeia.

Ordena que as Forças Armadas britânicas reajam, apesar do conselho de assessores para que tentasse resolver a questão primeiro pela via diplomática.

Nota-se que houve a preocupação de deixar claro que a iniciativa não era contra o povo argentino em geral.

CRIMINOSOS

Thatcher apresenta o problema dizendo que as Falklands haviam sido invadidas pela junta militar argentina, "que é uma gangue fascista" e que ela não negociaria "com criminosos".

A personagem se refere ao governo do general Leopoldo Galtieri. Na época, o país vivia os últimos momentos de uma ditadura militar (1976-1983).

Depois, Thatcher ordena o afundamento do navio argentino Belgrano, no qual morreram mais de 300 soldados. A primeira-ministra manda eliminá-lo mesmo sendo advertida de que "pegaria mal" internacionalmente.

Num filme em que é oferecido um retrato positivo de Thatcher, ela ainda aparece escrevendo comovida para as mães dos soldados ingleses mortos.

Em um retrato um tanto parcial, Thatcher sai do episódio Malvinas como dona da razão e líder de uma Inglaterra justa e vitoriosa.

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