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Diretor usa beisebol em fábula sobre segundas chances "O Homem que Mudou o Jogo" concorre em seis categorias do Oscar, incluindo a de melhor filme Longa tem Brad Pitt como gerente de time que começa a vencer ao se valer da ajuda de cálculos matemáticos FERNANDA EZABELLAENVIADA ESPECIAL A CANCÚN (MÉXICO) No filme "O Homem que Mudou o Jogo", um time de beisebol é formado por jogadores desvalorizados que, apesar de entrarem em campo em posições diferentes das que estão acostumados, conseguem chegar às finais do campeonato com a ajuda de cálculos matemáticos. É a típica fábula americana do perdedor que vence ao final, embora a vitória seja subjetiva e o título em português já entregue um pouco do ouro ao espectador. O esporte é só cenário para a história, segundo o diretor Bennett Miller ("Capote"). "É um filme sobre segundas chances, sobre redenção, o homem contra o sistema", explicou a jornalistas hospedados num resort mexicano, no ano passado, parte de um evento do estúdio para apresentar seus lançamentos. O longa compete em seis categorias do Oscar, a ser anunciado em 26 de fevereiro, incluindo melhor filme e ator, para Brad Pitt. A escolha do astro parece ir de encontro com a filosofia da trama. "Diria que é irônico até", concorda Miller. "Mas, se você olhar melhor, vai ver que é apropriado. Tem de olhar além das aparências, não só porque ele é famoso ou ganha um monte de dinheiro", continuou. "Ele não é o Brad Pitt que todo mundo conhece neste filme. Ele não tem uma abordagem de superstar. Ele fez uma decisão para mudar o jogo para ele também." Pitt faz Billy Beane, o gerente de um pequeno clube de Oakland (Califórnia) que tem um orçamento risível perto do dos rivais e que perdeu seus grandes jogadores para times milionários. Decide testar outro sistema e contrata um jovem economista de Yale para ajudá-lo nas estatísticas (Jonah Hill). A trama, forte concorrente ao Oscar de roteiro adaptado, é baseada em história real narrada em "Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game" (a arte de ganhar um jogo injusto), de Michael Lewis. O roteiro é assinado por Steven Zaillian (vencedor por "A Lista de Schindler", de 1993) e Aaron Sorkin (ganhador em 2011 por "A Rede Social"), a partir de adaptação feita por Stan Chervin. Pitt disse aos jornalistas que, em sua preparação para o papel, não gastou muito tempo vendo beisebol. "Sabia muito pouco sobre o jogo, mas fiquei obcecado com o livro, sobre esses caras indo contra o sistema", afirmou. "E as ideias que eles usaram em 2002 aparecem hoje em vários outros esportes ou outras formas de negócios. O que é um vencedor? O que é um perdedor? Tudo isso são temas universais." Outro indicado ao Oscar, na categoria de coadjuvante, é Jonah Hill, 28, bem mais magro e em seu segundo drama após uma carreira cheia de comédias adolescentes. "Não importa se é comédia ou drama, apenas que o diretor e o elenco sejam ótimos", disse o ator, conhecido por "Superbad - É Hoje" (2007). "Espero que apareçam mais trabalhos desse tipo. É uma forma de fazer coisas diferentes, um desafio." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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