Internets

Todo o mundo contra o Photoshop

Fotos alteradas com uso do Photoshop são lugar-comum na internet e na publicidade. A prática gerou até o popular site "Photoshop Disasters" (desastres do Photoshop), que coleciona aberrações no uso da ferramenta.

É um desfile de corpos impossivelmente magros ou faltando braços e pernas, fruto de retoques malfeitos.

A crítica, de brincadeira, tornou-se séria. A Associação Médica Americana divulgou uma diretriz em 2011 contra o software, dizendo: "Publicidade com modelos extremamente alterados pode criar expectativas irreais a respeito da imagem do corpo. Há estudos ligando essas imagens a distúrbios alimentares e outros problemas de saúde em crianças e adolescentes".

Já a Universidade de Dartmouth (EUA) desenvolveu um programa que analisa o grau de modificação das fotos em uma escala de 1 a 5.

O estudo inclui como exemplo uma foto em que a cintura de uma modelo foi reduzida a ponto de se tornar menor do que a sua cabeça.

No Brasil, o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) propôs a Lei do Photoshop, que obriga que "imagens publicadas em veículos de comunicação que tenham sido modificadas com o intuito de alterar características físicas de pessoas retratadas tragam mensagem de alerta acerca da modificação".

É um tema que divide opiniões. A eficácia de uma lei como essa é duvidosa e poderia criar desníveis entre os meios de comunicação tradicionais e a internet, onde ela seria potencialmente inútil.

De qualquer forma, bom-senso no uso do Photoshop não faz mal a ninguém.

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