Osesp grava peças de Richard Strauss na Sala São Paulo

Os músicos da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado) apresentam-se na sexta e no sábado, na Sala São Paulo, em pré-temporada regida pelo britânico Frank Shipway.

No programa, estão duas peças do alemão Richard Strauss (1864-1949), que a orquestra gravará em CD a ser lançado pela gravadora Bis.

Shipway é um habituê da Osesp, que dirigiu pela última vez em julho do ano passado. É professor do Conservatório Real de Bruxelas e foi diretor de orquestras na Itália, na Bélgica e na Finlândia.

Richard Strauss é compositor pós-romântico de intensa complexidade sinfônica e costumava escrever duas partes para o naipe dos violoncelos, levando os músicos a linhas melódicas simultâneas e complementares.

Shipway regerá a "Fantasia Sinfônica sobre a Mulher sem Sombra", justaposição de temas que Strauss escreveu a partir de 1911 e que estreou em outubro de 1919. É a mesma peça que ele regeu com a Osesp no ano passado.

A seguir, faz o poema sinfônico "Sinfonia Alpina", op. 64, que data de 1915. São duas obras situadas na linhagem de uma espécie de superação da linguagem orquestral de Richard Wagner e Gustav Mahler, já então mortos.

A Osesp já gravou mais de 50 CDs, mas é a primeira vez que envereda por Strauss.

Gravadas, e ainda não lançadas, há composições de Serguei Prokofiev, regidas por Marin Alsop, a nova regente titular da orquestra; as sinfonias nº 6 e 7, de Villa-Lobos, com a direção de Isaac Karabtchevsky; peças de Gilberto Mendes, gravadas no ano passado com direção de Alondra de la Parra; e o "concerto antropofágico" "Pau-Brasil", com Mônica Salmaso.

Na semana passada, o coro da Osesp gravou composições de Aylton Escobar.