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Ícone do cinema, Von Sydow, 82, pode levar 1º Oscar

DO ENVIADO A BERLIM

Nem mesmo Stephen Daldry, o diretor de "Tão Forte e Tão Perto", acreditava que seu filme iria concorrer ao Oscar.

"Sinceramente? Foi uma surpresa. Mas quem eu tinha certeza de que merecia ser indicado era Max von Sydow", contou.

Sydow, aos 82, é um desses artistas icônicos que nunca receberam um Oscar, mas nem por isso o esnoba. "Acho que competir é uma honra, afinal quem faz a indicação são meus próprios colegas", diz o sueco, radicado na França há mais de 20 anos.

Apesar de ter participado de blockbusters como "Minority Report - A Nova Lei" (2002), de Steven Spielberg, Sydow vê seu trabalho mais importante nas produções com Ingmar Bergman (1918-2007). "Eu me orgulho de tudo o que fiz com Bergman, sejam os filmes ou as peças de teatro. Ele foi uma grande escola, além de ser divertido", comentou o ator.

Com o conterrâneo, Sydow trabalhou em algumas de suas mais importantes produções, como "Morangos Silvestres" (1957), além de duas outras que renderam a Bergman o Oscar: "A Fonte da Donzela" (1960) e "Através de um Espelho" (1961).

Em "Tão Forte e Tão Perto", ele interpreta um mudo, que ajuda o jovem Oskar Schell (Thomas Horn) a recriar o mundo do pai, morto no atentado ao World Trade Center.

"É um filme sobre o lamento, sobre conviver com a perda, mas também é sobre esperança e amor."

Em sua excelente atuação, Sydow diz que não precisou de nenhuma preparação especial. "Não é porque o personagem não usa as cordas vocais que ele não fale. Ele é um ser humano que sabe se expressar acima de tudo."

(FC)

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