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RONALDO LEMOS França debate pirataria nas eleições O "New York Times" publicou um artigo há alguns dias fazendo um balanço da polêmica lei francesa chamada Hadopi (sigla de "Ato para a proteção dos direitos na internet"), criada para combater a pirataria. A lei é criticada por afetar direitos civis, ao criar uma polícia administrativa que pretende vigiar e notificar usuários que compartilham arquivos. Após o terceiro aviso, ele poderá ser banido da web. Em princípio, os números parecem positivos. O mercado de música digital cresceu 8% no mundo todo em 2011, mesmo sem Hadopi (ou seus parentes Sopa e Pipa). No Brasil, o crescimento deve ficar perto de 20%. Mas esses dados não têm relação com a lei. A Hadopi custou 12 milhões de euros aos cofres públicos franceses em 2011. Os provedores de internet gastaram 2,5 milhões de euros para monitorar usuários envolvidos no compartilhamento. É como se recursos públicos tivessem sido transferidos para as empresas de música. Sem falar nas violações de privacidade. Com isso, a lei se tornou tema da sucessão presidencial na França. O presidente Nicolas Sarkozy, seu principal defensor, está isolado. Os socialistas se posicionaram contra a lei e a chamaram de "obsoleta". Marine Le Pen, da direita, disse que, se eleita, vai legalizar o compartilhamento de arquivos em troca de uma taxa mensal. Enquanto a Hadopi vira mico político, o combate à pirataria continua carecendo de medidas mais racionais. Reader JÁ ERA achar que o mercado de tv está saturado JÁ É canal para hipnotizar bebês enquanto os pais fazem outra coisa (Babytv.com) JÁ VEM canal para distrair cães enquanto os donos estão fora (Dogtv.com) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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